T2- 11

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Any Gabrielly

Minhas mãos estavam trêmulas e geladas, no momento nem me importava em esconde-las de Josh.

De acordo com o mesmo, não ouve a confirmação do ocorrido pelo telefone, oque me deixa mil vezes mais apreensiva, pensando no pior que pode ter acontecido.

Desde a minha chegada, o médico sempre me manteve ciente de que Heyoon estava com machucados graves, já Sina inconsciente.

Me permito pensar em Brenda. Não sei como era a relação familiar das três garotas, mas acho bem provável que mesmo que Brenda esconda, ela ama muito as mães.

Gostei de passar um tempo com a menina, talvez ainda seja necessário trabalhar a convivência e confiança, visto que meu primeiro pensamento foi de Brenda ter me trancado no armário.

- Está pensando no que? - Josh pergunta sem tirar o olho da estrada.

- Na Brenda... se a Yoon chegar a - engoli um seco - você sabe...como ela vai ficar?

- Ela não apareceu se importar muito com o acidente.

- Nem tudo que parece realmente é a verdade Josh. Digo por experiência própria.

- Oque quer dizer?

- Talvez ela só esteja se fazendo de durona para abafar os sentimentos negativos.

- É isso que você faz?

- Como?

- Desde que nos conhecemos você sempre e usou a ironia e a grosseria.

- E?

- Usa esses métodos para disfarçar seus verdadeiros sentimentos?

- Uso para me livrar dos meus próprios demônios.

- Não te assusta?

- Josh, nada me assusta mais do que meus próprios demônios.

Um silêncio desconfortável no carro.

Chegando lá quase voei para dentro do hospital enquanto meu companheiro achava uma vaga no estacionamento.

Rodeio a portaria e olho furiosamente para a grande fila da recepção, que merda.

Sinto uma mão tocar meu ombro e vejo o dono dos mais belos olhos azuis olhando para frente e assim percebo sua barba loira, porra como está gostoso.

- PRÓXIMO.

Nos dirigimos até a recepcionista.

- Gostaríamos de ver Heyoon Jeong.

- São do grupo de familiares? Tenho que conferir seus dados para a confirmação, só assim poderei liberar a passagem de ambos.

- Alexa! Deixem eles passar!

Me virei e vi o mesmo médico, que por sinal me olhou com tanta intensidade que precisei firmar meus pés no chão, e Josh pareceu perceber ja que apertou forte meu ombro fazendo um pouco de pressão, me ajudando a não me espatifar no chão do hospital, claramente cheio de vermes.

𝕭𝖆𝖉 𝖌𝖎𝖗𝖑Onde histórias criam vida. Descubra agora