22- predominante

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Tudo pode desmoronar a qualquer instante. Um sentimento de culpa que me persegue por anos, e eu, até agora não me livrei do mesmo.

Está tudo afundando no mais profundo oceano, e oque eu vou poder fazer?

É como se eu conseguisse enxergar além do infinito. Imaginar além do imaginável. E ultrapassar barreiras. Mas de qualquer forma, eu odeio sentir isso.

As pessoas te destroem por simplesmente te olhar com um olhar de nojo, uma risadinha e um comentário maldoso e pronto! Já estamos na estaca zero.

Fico me perguntando se um dia encontrarei alguém para poder amar. Alguém que me liberta da minha escuridão. Alguma luz no final do túnel. Eu só quero uma esperança...

Me sinto tão deprimida. Eu posso estar em uma sala com 100 pessoas, mas ainda me sinto sozinha.

A solidão é horrível!

Lembro dos meus antigos amigos. As três pessoas que eu mais gostava, pessoas que achava que poderia contar... mas adivinha? Tudo culpa da minha mãe.

Nada era verdade. Ela pagou as três adolescentes para fingirem serem meus companheiros, amigos fiéis e conselheiros. Todas os meus segredos que confiava aos meus "amigos" eram passados para minha mãe.

Controladora? Nem um pouco!

Eu acho que minha mãe adora me esconder as coisas.

Minha mãe. Estava tudo se saindo tão bem. Mas agora, tudo voltou ao normal. Me sinto vazia de novo.

Minha alegria de viver se encontra escassa e só queria me permitir sentir viva.

Agora são 02:00 da manhã. Estou com saudades da minha querida Shivani, meu amor, a única pessoa que conseguia me confortar.

Decido ir até o cemitério!

Coloco um agasalho e vou a pé em direção ao novo lar de minha vó.

Sinto as luzes de um carro se aproximar e começo a ficar nervosa.

Começo a correr e andar mais rápido. Oque vai acontecer comigo?

XXX: Uau, se sua vida de pintora não dar certo você pode correr uma maratona. Você é bem rápida.

---- Joshua seu idiota! Eu achei que ia morrer.

Josh: Você não vai morrer Any. Entra no carro.

---- Temos caminhos diferentes, tenho certeza disso. - estremesso por conta do frio.

Josh: Não importa! Você vai congelar. Entra no carro.

Revirei os olhos e decidi ouvir seu conselho, ou iria virar uma estátua de gelo.

Josh: Oque uma bela moça faz na rua esse horário sozinha?

---- Estava indo para o cemitério? - Josh arregalou os olhos - Não tonto, eu não ia me matar. Ia ver minha vó.

Josh: Esta com saudades dela?

---- Muita - senti meus olhos se encherem de lágrimas- Ela mentiu para mim Josh! Ela mentiu!

Josh: Por que? No que ela mentiu?

---- Ela disse para sempre e depois, mas agora, eu ando sozinha pela rua.

Josh: O para sempre não se refere a pessoas Any, se refere a memórias. - enxugou uma lágrima que caia do meu rosto - Posso te abraçar?

𝕭𝖆𝖉 𝖌𝖎𝖗𝖑Onde histórias criam vida. Descubra agora