Memórias e Um Quase Beijo

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Querido Steve,

Nova York está marcada por lembranças nossas. Não só a cidade em que moramos, mas o resto do mundo também. Entre missões, fugir do governo e viagens em família, nós transformamos o mundo em um palco da nossa história.

Nossas últimas férias, antes desta maldita pandemia, foram na Itália, e sim, foi maravilhoso aproveitar as belíssimas cidades italianas com nossa menininha, também foi muito interessante descobrir o que éramos capaz de fazer da forma mais silenciosa possível em quartos de hotéis, conjugados para nossa felicidade, e em uma belíssima noite numa das praias da Sardenha depois de certa garotinha ter ido dormir. Eu separei algumas fotos da viagem de qualquer forma:

Voltando ao tema principal: nossas memórias em Nova York, antes e depois de Bruce Banner, não importa

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Voltando ao tema principal: nossas memórias em Nova York, antes e depois de Bruce Banner, não importa. O que importava é que Bruce tinha sumido. Desligado na minha cara e sumido, e sim, eu estava magoada porque o peso da rejeição era demais e na minha cabeça você me rejeitaria também. Então, eu estava sofrendo por uma possível dupla rejeição.

Quão irônico é isso? Enquanto você andava por Nova York lembrando dos momentos que passamos juntos como bons amigos que se colocaram na friendzone, definitivamente por acidente, eu bebia todo o meu estoque da minha boa e velha amiga vodca russa. Sozinha no meu quarto na antiga torre dos Avengers, eu bebi sem pena nenhuma do meu fígado. Bebi como se não houvesse amanhã - é houve um amanhã e a ressaca foi bem pesada, pena de quem teve que lidar com meu mau humor naquele dia, você sabe como eu fico quando estou assim, até virei o seu sorvete sobre seu cabelo uma vez.

Eu tenho uma confissão: não estava totalmente bêbada na maior parte das lembranças que você citou, só era mais fácil fazer você se soltar por achar que eu ia esquecer de tudo depois, também era mais fácil de explicar que toda aquela "alegria" era devido ao álcool correndo em minhas veias, não por estar ao seu lado. Já chegamos a conclusão que a Natasha de anos atrás definitivamente não se valorizava como ser humano tanto quanto devia, e se achava moralmente inferior ao Capitão América, Steve Rogers, ou... STEVEN GRANT ROGERS (sim, eu ainda amo ficar repetindo o Steven só para te irritar).

Eu amei quando me levou ao Brooklyn e me contou sobre seu passado, as surras que levou e as lembranças de um tempo que não era o meu, mas passou a ser deveras importante por ser importante para você.

Você realmente está destruindo minha reputação de malvada senhor Rogers.

Eu chutei você no dia do nosso passeio pelo Brooklyn depois que você disse que fazia tanto tempo que não tinha mais certeza se as surras doíam tanto quanto lembrava ou se era só o seu cérebro exagerando criando memórias falsas. Eu achei que estava fazendo um bom serviço para sua pessoa te ajudando a ter certeza. Nós ainda éramos só amigos naquela época, nada de sentimentos confusos, paixão nascendo ou eu descobrindo que amava você.

Central Park: um verdadeiro clássico das comédias românticas. Deus, a gente se beijou tanto naquele parque, quase transamos contra uma árvore também em uma madrugada, mas felizmente o bom senso falou mais alto, ou talvez, fosse só o seu medo de ser preso e sair as notícias no jornais "Capitão América é preso por atentado ao pudor". Se bem que nesse dia fizemos sexo no carro então ainda podíamos ser presos... Mas os vidros eram escuros o bastante então não tivemos problemas (muito pelo contrário).

Nem preciso dizer que essas cartas são só para você e que não deve mostrá-las para mais ninguém (leia-se aqui: April Romanoff-Rogers) certo? Certo.

Agora, a memória que eu falei nós já éramos casados, então vamos falar sobre as memórias no Central Park de quando ainda estávamos jogando aquele pequeno jogo chamado: eu gosto de você, mas acho que você não gosta de mim e por isso vou engolir meus sentimentos e continuar fingindo que sermos só amigos é o suficiente.

Nós passamos a caminhar com frequência pelo Central Park, e meu corpo paralisou quando uma das senhoras disse que nós éramos um belo casal. Suas orelhas ficaram tão vermelhas quanto naquele dia que estávamos fugindo e eu te beijei na escada rolante. Parte de mim queria que fosse verdade e que fossemos um casal, mas a outra parte fazia questão de me lembrar das diferenças entre nós. Eu fingi que não ouvi, pois na verdade já havia me perdido dentro dos meus próprios pensamentos, felizmente logo aquela outra velhinha passou e deu uma olhada descarada para sua bunda e eu não pude evitar rir.

Quando eu corri bêbada as margens daquele rio alucinando sobre Dragonsbane eu realmente estava bêbada. E não, eu não inventei a Evangeline, é uma série de livros que por sinal eu já repeti várias vezes que você deveria ler. Mas você me escuta? Claro que não.

Eu lembro vagamente desse dia, lembro de você me perseguindo com raiva, mas também lembro de ter visto um reflexo de sorriso, lembro de ser mais rápida que você mesmo muito bêbada, lembro de quase ter brigado com um motorista, ter machucado minha mão e lembro principalmente da parte que caímos na grama.

Você tentou me dar lição de moral, não conseguia parar de rir depois disso e quando você riu comigo senti meu coração aquecer. Deus, eu estava completamente apaixonada por você e me recusava a admitir. Ficar deitada ali com você, foi como um vislumbre de um futuro que eu sonhava e que achava não merecer.

Então veio o ultron, o Banner, a gente quase morreu (de novo) e eu percebi que não era uma paixão. Eu amava você.

Quando Nick disse que não conseguia achar o Bruce, eu fiquei triste, ele é um cara legal e era sim um bom amigo. Querendo ou não, ele entendia a parte sombria que eu escondia, mesmo que não trouxesse esse meu lado feliz a ponto de querer rir o tempo todo, como é quando estou com você.

No seu diário, você afirmou que viu meu coração se despedaçar bem ali na sua frente, e estava certo, mas não era pelo motivo que te fiz acreditar. Quando eu perguntei se era tão desprezível, foi porque se Bruce Banner, alguém que assim como eu constantemente estava se inferiorizando internamente devido as merdas que já fez no passado, havia me rejeitado na cara dura. O que você faria?

Eu amava você, queria você tão desesperadamente que doía (ainda amo, logicamente, mas dessa vez não tem mais essa dor só a mais pura felicidade) e então, preparado para o grande plot twist?

VOCÊ ME QUERIA TAMBÉM!

Você tentou me beijar, paralisei, pela primeira vez era eu quem não sabia o que fazer, só sabia que não queria me afastar e que precisava beijar você. Quase me entreguei a esse instinto, mas Sam chegou e eu te empurrei como se tivesse me queimado, porque a verdade é que por dentro eu estava pegando fogo Steve!

Minha mente naquele momento era o mais puro exemplo do caos, nada fazia sentido e pelo que eu lembro, realmente não consegui organizar os pensamentos por um bom tempo, mas isso, como já deve ser esperado, é assunto para outra carta.

Minha mente naquele momento era o mais puro exemplo do caos, nada fazia sentido e pelo que eu lembro, realmente não consegui organizar os pensamentos por um bom tempo, mas isso, como já deve ser esperado, é assunto para outra carta

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Não, vocês não se perderam no meio da semana e sim, hoje ainda é terça. Aconteceu um pequeno probleminha técnico rsrs

A Ana foi postar o capítulo dela de hoje, mas o wattpad resolveu não colaborar. Ela publicava, mas era como se o cap não existisse, então decidimos fazer uma pequena inversão essa semana. Hoje vocês tiveram meu capítulo e na quinta vai ter o capítulo lá na história da Ana, tudo bem? 

A gente se vê por lá na quinta, beijos 

Cartas para Steve RogersOnde histórias criam vida. Descubra agora