Our Baby Girl and a Moment for Us

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Natasha virou-se na cama e abriu os olhos ao sentir o lado da cama que o marido costumava dormir vazio e frio, indicando que o mesmo já estava de pé a um tempo. Então ela lembrou que dia era aquele e se apressou a ficar de pé quando lhe veio na memória. 

Daqui a dois dias eles iriam completar dez anos de casados, e isso significava que fazia nove anos do dia que fez suas vidas mudarem para sempre. Fazia nove anos que Steve encontrou aquele pacotinho chorando perto da porta deles, aquela miniatura de gente que mesmo com frio tinha os pulmões mais fortes que eles já tinham visto. Fazia nove anos que eles encontraram a filha deles e descobriram pela primeira vez o que era amar de verdade alguém que até aquele momento era uma completa estranha.

April Romanoff-Rogers foi a pessoa que chegou para iluminar a vida do casal e bastou uma noite com ela para os dois perceberem que jamais deixariam que alguém tirasse aquele serzinho deles. 

Com um roupão em volta do corpo, Natasha sai do quarto que divide com o marido diretamente para o da filha deles e assim como imaginava, o encontra deitado com a garotinha enquanto a observava e fazia carinho em seus cabelos. Ela passa um tempo ali, só olhando os dois, era uma cena que ela nunca cansaria de assistir: seu marido e sua filha.

Se alguém dissesse para a criança triste que a Sala Vermelha capturou, que ela teria uma família de novo, que se casaria com o mais incrível dos homens, que ele a trataria como a rainha que ela é, e que juntos eles teriam uma filha linda, aquela pré-adolescente que ela era se encheria de esperança ou simplesmente riria e daria as costas para o imbecil que lhe falou tudo isso. 

Balançando a cabeça para esquecer as coisas do passado, ela levanta os olhos e encontra as íris azuis nela, aquele sorriso crescendo no rosto dele e a mão estendida para que a mesma se juntasse a ele. E foi isso que a ruiva fez.

Deitou-se do outro lado da filha, de forma que ela ficou apertada entre os pais. April resmungou alguma coisa em seu sono profundo, mas não acordou, só se aconchegou mais para o lado da mãe que rapidamente a acolheu em seus braços. O casal ficou ali velando o sono da filha em silêncio por mais um tempo, simplesmente agradecendo pela vida que eles tinham ali. 

- Nós amamos você - foi o que Steve sussurrou antes de beijar os cabelos da filha - E nosso coração sempre vai ser seu. 

- Obrigada por existir - foi a vez de Natasha sussurrar algumas palavras - E obrigada por nos deixar ser seus pais. 

April abriu os olhinhos e se espreguiçou um pouco, quase batendo as mãos no rosto dos pais, que simplesmente riram. Ela não precisava de um calendário para saber que dia era aquele, para os dois estarem deitados ali com a mesma, tendo a certeza de que ela estava bem e segura, ou era seu aniversário - que havia sido em dezembro - ou era o aniversário que para ela era muito mais importante e digno de comemoração: fazia nove anos que os pais haviam encontrado-a e que a haviam escolhido como filha. 

A pequena passou cada um dos braços em volta do pescoço dos pais, e os puxou para mais perto em um abraço de família muito apertado. 

- Eu amo vocês! Obrigada por serem os melhores pais do mundo - ela diz e sabe que o pai provavelmente já está chorando, ele chorava muito fácil diferente dela e da mãe que eram mais duras na queda. Os dois simplesmente apertam mais a pequena no meio deles que ri fracamente - Gente, vocês vão me matar sufocada, não posso morrer, vocês não saberiam viver sem mim. 

- Isso é verdade - Natasha concorda com ela enquanto Steve já estava de pé e colocava a filha nas costas - Café da manhã? 

- Com certeza! - eles gritam e saem praticamente correndo, Steve com April nas costas, e era possível escutar as risadas deles mesmo sobre os protestos de Natasha mandando tomarem cuidado com as escadas. 

Cartas para Steve RogersOnde histórias criam vida. Descubra agora