Flashback III

112 20 50
                                    

Pov Natasha Romanoff

Os dois dias em Dhaka estavam mais entediantes do que todos os outros que vivemos, dessa vez havíamos ficado em um hotel e não em uma casa afastada. Eu e Steve ocupavamos um quarto enquanto Sam e Wanda ficaram com outro. A cidade era boa para nos escondermos, muito movimentada, todos ocupados, ninguém olhava duas vezes na nossa cara, perfeito para quem não queria ser reconhecido.

Entretanto, parecia que somente eu, Sam e Wanda estávamos ok em ficar o tempo todo em um quarto de hotel. Tá que eles é porque ainda não haviam se recuperado das mudanças de fusos horários, mas Steve estava quase subindo pelas paredes por ficar trancado.

- Sério, você precisa se acalmar - disse apoiando as palmas de minhas mãos no peito dele - Estou ficando tonta com você andando de um lado para o outro. 

- Não tem nada para fazer e eu me sinto um completo inútil aqui dentro - ele diz olhando para a cidade pela janela - Nós deveríamos sair um pouco, conhecer a cidade, mesmo que escondidos. Olha esse monte de gente, ninguém vai reparar em nós - e olhando para mim como uma criança pedindo um brinquedo novo para os pais ele acrescentou - Por favor, Nat.

- Eu tenho que fazer a manutenção das armas, mas você pode convidar Wanda e Sam, talvez eles queiram... - não consegui completar a frase porque ele decidiu que aquele era um excelente momento para me beijar.

Foi um beijo rápido, mas o suficiente para transmitir o amor e o carinho que tínhamos um pelo outro. Ele saiu do quarto e foi falar com o Sam e a Wanda, enquanto eu fiquei pensando em como ainda não havíamos dito a famosa frase com sete letrinhas.

Não sabia exatamente o motivo para ainda não ter dito que o amava em voz alta, eu sabia que sentia isso e sabia a muito tempo, já havia dito para Tony que amava Steve, estranhamente parecia que todo mundo sabia, menos ele. Quer dizer, ele sabia, eu não fazia questão de esconder, porém nunca havíamos pronunciado o famigerado "eu te amo".

Ainda estava pensando nisso quando meu namorado voltou para o quarto, ele me encarou ligeiramente preocupado pelo meu olhar distante, mas eu sorri e estiquei minha mão, que o mesmo prontamente pegou.

Puxando-o para cima de mim, nós dois rimos quando caímos deitados na cama. Recomeçamos o beijo calmo de minutos atrás, e dessa vez ele não fora mais tão rápido assim, impressionante nossa capacidade de fazer um cômodo esquentar com tão pouco.

As mãos deles já estavam por dentro da minha blusa, deixando rastros de calor pela minha pele a cada centímetro que ele tocava. Pegando me de surpresa, o mesmo trocou nossas posições, deixando-me sentada em seu colo. Quando comecei a abrir a calça dele, as batidas na porta nos fizeram parar.

- Droga - ele resmunga contra meus lábios - Por que não pensou nisso antes de eu chamar eles?

Abafo uma risada com a mão, e grito para que a pessoa do outro lado da porta esperasse só um pouco.

- Não se preocupe, nós vamos continuar com isso mais tarde - dei mais um beijo nele antes de levantar - Eu sugiro que você tente dar um jeito nisso - aponto para o meio das pernas dele, observando-o corar.

Ele vai em direção ao banheiro terminar de se arrumar e eu abro a porta dando de cara com Wanda, que me explicou que Sam preferiu ficar dormindo, típico dele. Mandei ela entrar e não demorou muito para que Steve voltasse, sem sinal da excitação de poucos minutos. Consegui segurar a risada, mas não o sorriso que insistia em permanecer em meu rosto.

- Você é malvada Romanoff - ele sussurrou em meu ouvido antes de sair, deixando um beijo em meu pescoço - Estou ansioso para mais tarde.

Depois dessa despedida cheia de expectativas para uma noite promissora, foquei em fazer o que tinha dito que faria e passei a limpar minhas armas, conferindo se todas estavam ok e a quantidade de munição. Que ninguém entrasse nesse quarto e visse alguma coisa, porque aí sim eu estaria com mais problemas.

Cartas para Steve RogersOnde histórias criam vida. Descubra agora