No dia do seu casamento com Steve, Natasha recebeu das mãos dele um pequeno caderno que acabou se revelando um diário onde seu futuro marido relatava todos os momentos que os dois tiveram juntos, desde o mais simples como quando eles se conheceram...
Em 2016 nós tivemos mais um evento marcante em Abril. Dessa vez, foi quando o amor que vinha crescendo entre nós dois foi posto a prova. Não foi o período fácil, com certeza, mas acho que foi importante para entendermos a realidade de nossos sentimentos e até que ponto ele poderia aguentar. Nós machucamos um ao outro durante esses dias, mesmo que involuntariamente, não apaga a forma como nos sentimos.
Temos mais fotos nessas cartas, porque Deus sabe que precisaremos de um pouco de alegria durante esse período. Então eu trouxe duas fotos que tiramos no último aniversário de April, nunca tinha visto alguém ficar tão feliz por conta de um pirulito, que na verdade era um bolo. Sério, a quem essa menina puxou para gostar tanto de bolo assim? Ah é, foi a você.
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Margaret Carter, Peggy, foi seu primeiro amor e nós havíamos conversado sobre elas antes, sobre a importância que ela teve e como era bom para você conversar com ela quando achava que todos da sua época estavam mortos. Eu nunca senti ciúmes dela, muito pelo contrário sempre agradeci que a mesma pudesse trazer esse conforto para sua vida. E quando ela morreu, eu pude sentir a dor em seu olhar e apesar de tentar me aproximar, você me trancou do lado de fora da sua vida.
Eu estava com tanta raiva e tão magoada, na primeira oportunidade você me jogou para fora da sua vida como se eu não fosse nada, e eu sei que você também estava chateado com toda a situação do acordo e em seguida a morte de Peggy, mas bastou que eu não concordasse com você em algo relacionado ao trabalho para que você parasse de me procurar, para que sumisse o dia inteiro, eu fiquei te esperando naquele dia, não saí do complexo de jeito nenhum porque tinha esperanças de que você iria aparecer, nós iríamos conversar e daríamos um jeito juntos, entretanto, apareceu uma emergência: Wanda teve outra daquelas crises de pânico e eu entendia o que era ter um monte de gente apontando o dedo, então achei que o melhor para nós duas seria tirar um tempo daquele lugar.
Arrastei Maximoff para o alto de uma montanha naquele dia, e observamos a cidade ao longe. Foi ela quem me disse que Peggy havia morrido e que a mesma havia escutado você no telefone com a mulher chamada Sharon. Fiz o possível para não demonstrar nenhuma reação a isso, e continuei em silêncio que a mesma gentilmente respeitou. Só precisávamos respirar um pouco, respirar ar puro e fugir de toda aquela pressão e tensão que vinha sendo criado desde o dia anterior. Quando voltamos, pensei em ir até o seu quarto, entretanto já estava tarde e achei melhor respeitar o seu espaço, claramente você não queria minha companhia naquele momento.
No dia seguinte, muito cedo percebi a movimentação em seu quarto. Não consegui dormir muito bem durante a noite, então fiquei na varanda esperando para ver se dava um jeito de falar com você ou no mínimo para saber se você estava bem. Quando escutei a porta do seu armário sendo fechada, resolvi que iria entrar. Nós ficamos nos encarando por alguns segundos e eu simplesmente disse que sentia muito pela morte de Peggy, porque era verdade. Você me respondeu com bastante ironia, algo que eu não esperava, mas que fazia sentindo.
