Pov Natasha Romanoff
Era estranho saber que eu e Steve não sabíamos mais dormir um sem o outro. Nossos corpos pareciam viver pelo encaixe perfeito que tínhamos. Mesmo que ainda estivesse um pouco chateada, treinar com Clint me ajudou a aliviar um pouco a raiva que me fazia querer matar meu namorado e meu amigo.
Surpreendi-me, só um pouco, ao entrar no meu quarto e encontrar Steve ali na minha cama, tentando dormir. Não queria brigar e por isso desisti de tentar me manter distante, fechando a porta atrás de mim devagar, sem fazer muito barulho e rapidamente me ajeito ao lado dele, aconchegando-me em seus braços.
Nós nos amávamos, era um fato, e iríamos conversar melhor pela manhã. Naquele momento só precisava dormir bem e pelo visto só conseguia fazer isso ao lado dele, que também estava bem acordado quando cheguei.
Após o café da manha, que foi feito no quarto, eu e Steve tivemos a conversa que ele tanto queria evitar. Disse tudo o que vinha se acumulando dentro de mim desde que a briga dos dois aconteceu e felizmente, ele prometeu que iria tentar, que pelo amor que sentia por mim, ia conversar com Tony quando estivesse pronto. Não era a solução de todos os problemas, mas era um início.
Saí do quarto e não demorou para dar de cara com Sam, ele estava no telefone e um sorriso gigantesco na cara. Não precisava ser uma grande espiã para saber com quem ele estava falando, certo que ouvir ele falando o nome da irmã e dos sobrinhos ajudava a descobrir. Encostei-me na parede ao perceber que ele estava perto de desligar.
- Como estão as coisas? - perguntei e o mesmo ainda sorria encarando o telefone.
- Vai ficar tudo bem agora - respondeu dando de ombros - Eu sentia falta deles sabe, mas não percebi que era tanta.
- Sei sim - apertei o ombro dele em forma de consolo - Você tem razão, vai ficar tudo bem agora.
- Acha que eles vão voltar a ser amigos um dia? - sabia de quem ele estava falando e só suspirei antes de responder.
- Eu não sei, mas posso garantir que o clima não vai ficar ruim assim para sempre. Vou arrumar essa bagunça - falei com determinação.
- Não é sua bagunça para arrumar... - ele diz conforme nós andamos sem rumo pelo complexo.
- Eu estou sempre arrumando a bagunça dos meninos. Se não for eu, quem vai fazer isso? Preciso mante-los na linha ou uma outra catástrofe mundial aconteceria - sorrio lembrando de nossas outras missões.
- Talvez você tenha razão - nós paramos de andar e percebo que estamos perto da "sala", onde as vozes altas nos alcançavam.
- Talvez? - faço uma cara séria e ele imediatamente retira o "talvez".
- Então, já posso ir separando meu terno? - Sam diz antes de ir em direção aos nossos amigos. Os braços cruzados e aquele sorriso irritante no rosto, de quem sabia de alguma coisa que eu não estava sabendo.
- Não se preocupe, Steve e Tony não vão se matar e estou me controlando para não fazer isso por conta própria, então não teremos nenhum funeral - digo sorrindo de volta, mas pensando um pouco se realmente tenho esse autocontrole inteiro - Eles podem sair gravemente feridos se continuarem com essa birra de criança, mas posso garantir que morto ninguém fica.
- Você é estranha - faço uma careta para essa resposta dele e o olhar assustado em seu rosto - Pergunto se posso ir preparando meu terno e você automaticamente pensa em mortes e em um velório? Meu Deus, Natasha! Eu estava sugerindo se teríamos um casamento em breve!
- Casamento? - cruzo os braços e faço a melhor cara de confusa que consigo.
- Seu e do Steve, mulher - Sam esconde o rosto entre as mãos frustrado e eu estava adorando me fazer de desentendida - Vocês dois estão ficando muito tempo juntos, já está até pegando a lerdeza dele.
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Cartas para Steve Rogers
FanfictionNo dia do seu casamento com Steve, Natasha recebeu das mãos dele um pequeno caderno que acabou se revelando um diário onde seu futuro marido relatava todos os momentos que os dois tiveram juntos, desde o mais simples como quando eles se conheceram...