Flashback VIII

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Pov Natasha Romanoff

Após resolvermos o pequeno incidente, eu e Steve voltamos de mãos dadas para onde Sam e Wanda estavam, os dois sorriam para a gente e pude notar as bochechas do meu namorado corando um pouco por conta disso. Novamente sentada sobre a cadeira do piloto, agora só nos restava escolher uma cidade e torcer para Yelena conseguir nos encontrar. 

Hill não iria saber informá-la qual a cidade exata, mas de acordo com as características que precisávamos não existiam tantas assim, não seria tao difícil para uma espiã como minha irma nos achar. 

Pouco tempo depois, a dupla dinâmica voltou a se aproximar da gente com o mapa, afirmando terem achado a cidade que atenderia todas nossas demandas. A escolhida da vez foi Massawa, cidade portuária da Eritreia, bem na costa do Mar Vermelho, considerada a capital da região do Mar Vermelho no norte e o ponto mais importante, de lá saíam todos os tipos de navios incluindo a Natcor. 

A Natcor era uma empresa falsa criada pelo Mossad, a agencia nacional de inteligencia de Israel, em conjunto com a S.H.I.E.L.D., foi fundada com o intuito de transportar cargas e pessoas de forma discreta, sem levantar suspeitas dos outros governos. Não sabia que eles ainda estavam em ativa, mas se fosse verdade o que Sam afirmava, seria exatamente o tipo de transporte que necessitávamos, seguro e discreto. 

Apesar de responder ao governo norte-americano, a S.H.I.E.L.D. não era tao controlada como os primeiros ministros e presidentes achavam, dificilmente atacaríamos outro agente, era quase como uma espécie de máfia no quesito "família" em primeiro lugar. Obviamente, não estou contando aqui os infiltrados que acabam nos escapando, como o que aconteceu em 2014. 

- Pelo menos assim o Ross não vai nos achar - foi o que Wanda disse e todos concordamos com ela ao acenarmos nossas cabeças - Vocês acham que eles viram vocês indo pro chalé ou sei lá, pro jantar? Talvez ele...

- Não, nesse tipo de lugar as pessoas não vêem você e sim o seu dinheiro, acredite em mim quando eu digo que paguei muito caro para não ser vista - interrompi a fala dela, ainda focada completamente em pilotar o quinjet. 

- Caramba! - Sam expressou surpreso - Que cartão é esse com limite tao alto?

- Cartão? Cartão de crédito? - ativei o piloto automático muito rápido e volto meu olhar para ele, confusa - Não usamos cartões de crédito, essas coisas são fáceis de serem rastreadas.

E foi assim que descobrimos como fomos descobertos no Equador, aparentemente nossos rastro vinha sendo seguido desde Coveñas. Sam havia usado um cartão de crédito sem que soubéssemos, e nesse momento ele se encontrava com o olhar tao perdido, culpado, que me arrependi da forma séria como havia o encarado naquele momento. 

Sam simplesmente saiu de perto da gente, deixando para trás uma Wanda de olhos marejados, Steve tentando consolar os dois e eu me recuperando da surpresa dessa informação. Meu namorado faz um gesto de levantar da cadeira para ir atrás do amigo, mas o impeço disso. 

Sabia o que Wilson precisava naquele momento e não era o olhar de pena e compaixão de Steve. Ele estava com raiva de si mesmo, por não ter cogitado a ideia do cartão ser rastreado e sabia que o mesmo estava se culpando por tudo o que havia acontecido em Arenillas. Apesar de os machucados nas costas ainda incomodarem um pouco, já não doíam tanto quanto naquela manhã. Deixo Steve cuidando de Wanda, e vou atrás de Sam, encontrando-o andando de um lado para o outro no mesmo lugar em que meu namorado estava há minutos atrás. 

- Eu realmente não preciso de um discurso motivacional agora - foi o que ele falou assim que percebeu minha presença, cheio de sarcasmo. 

- Sei disso, por isso foi eu quem veio atrás de você - o mesmo para de andar, me encarando desconfiado, os braços cruzados e a raiva expressa em seu rosto, raiva de si mesmo - Vamos treinar. 

Cartas para Steve RogersOnde histórias criam vida. Descubra agora