•McCartney e Lennon•

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Pov Brian.

estávamos caminhando á algumas horas, sei que Roger estava exausto, pois seu pé estava machucado e não conseguira dormir direito devido à dor.
Eu o estava carregando no colo enquanto caminhava, indo até a casa de um amigo, que poderia me abrigar por um tempo, ao menos até o pé de Roger sarar para continuarmos seguindo viajem.

Avisto a casa após uma longa caminhada e suspiro aliviado. Me aproximo da mesma e dei duas batidas na porta.

Após alguns minutos, ele surge na porta, e a abre.

-oh Brian! Quanto tempo- Paul sorri e dá espaço, me convidando para entrar na casa.

-obrigado- entro na mesma e rapidamente, Paul fecha a porta trás de nós.

-achei que não tivesse sobrevivido a guerra, mandei cartas mas parece que não as recebeu, por onde esteve todo esse tempo?-

-irei lhe explicar tudo isso, mas... onde está John?-

Após isso, ouço uma porta se abrir no andar de cima, e Lennon aparece na escada.

-olá Brian! Quanto tempo- John desce as escadas e vem até nós, ficando em frente à Paul e selando-lhe os lábios.

-olá John, parece que você continua ótimo- o maior sorri em minha direção.

-na medida do possível... mas não vai me apresentar o loirinho?-

-ah claro! John e Paul, esse é Roger Taylor.
Roger, esses são John Lennon e Paul McCartney-

-olá Roger, é um prazer conhecê-lo- John aperta sua mão, e o mesmo retribui e sorri em seguida.

-digo o mesmo, é um prazer conhecer os dois- o loiro coloca seu pé ao chão, e foi aí que lembrei que o mesmo estava ferido.

-calma Roger, você não pode fazer força com esse pé-

-você quer tomar um banho Roger? Após isso poderá descansar em um dos quartos, Paul olhará seu pé e fará um curativo no mesmo- propôs Lennon, e Roger concorda.

-então vamos Roger, deixe que que te acompanho- Oferece John, e o mesmo sobe para o andar de cima, com Roger o seguindo.

-Brian você quer um chá, café, alguma coisa?-

-aceito um café, obrigado Paul- sigo o mesmo até a cozinha e me sento à mesa.

-de nada! Me conta Brian, como conheceu Roger?- o mesmo coloca água para esquentar em uma chaleira, e pôs a mesma em cima do fogão a lenha.

-é uma longa história John, você sabe que eu morava na França certo? Então, Roger era um caçador de nazistas, ele matava soldados alemães para vingar sua raça, e certo dia ele estava em mais uma de suas caçadas quando me confundiu com um soldado, escalou a janela da minha casa e apontou uma arma para mim, eu obviamente me rendi à ele, mas então conversamos e assim eu contei para ele que não era alemão, e sim francês.
Então começamos a conversar e ele criou o hábito de escalar a minha janela e entrar na minha casa para me ver, toda a noite. E assim descobri que o amava....- sorri ao falar do Roger, e ao lembrar de cada detalhe que o tornava tão especial.

Paul não desviou a atenção nenhuma vez enquanto eu contava a minha história, e sorriu no final.

-e como você acabou virando soldado?- questiona, levanto a xícara de café quente até a boca.

-certo dia, eu estava voltando de um passeio com Roger, quando vi no chão uma carta do governo, de cara quando vi soube que coisa boa de lá não viria.
Então eu li, e o próprio Hitler havia escrito a carta, ele queria conversar comigo na Alemanha, em seu banker- minhas mãos até tremeram ao lembrar daquele momento.

-e foi aí que você foi recrutado?-

-exato...-

Vi Paul descer as escadas lentamente, tomando cuidado para não fazer barulho, pois as mesmas rangiam, devido ao fato de serem velhas e feitas de madeira.

-ele tomou banho, fiz um curativo no seu pé e ele dormiu, agora parece melhor- o mesmo sorri, e eu levanto, indo até ele.

-obrigado Paul, me ajudou muito. Eu vou lá com ele-

-podem ficar aqui o quanto precisarem- oferece John.

-obrigado John, vocês dois são grandes amigos- sorri para ambos e subi as escadas, tomando cuidado para não fazer barulho.
Chego no segundo andar e caminho pelo corredor na ponta dos pés, indo até o cômodo em que Roger estava dormindo, abro a porta lentamente e entro no mesmo, fechando-a em seguida e me pus a observar Roger dormir.

Era a melhor visão que poderia ter, pois ali ele transmitia o sentimento de paz. Estávamos tendo um momento onde não precisávamos passar frio e finalmente após tanto tempo, Roger conseguira uma cama confortável para dormir.

Me aproximo da mesma e deito ao seu lado, o cubro direito pois a noite iria ser fria e me cubro também.
Abraço sua cintura e começo um leve cafuné em seus belos fios cor de ouro, enquanto o mesmo dormia e me pareceu que surgiu um breve sorriso em seus lábios, isso era sinal de que o mesmo estava tendo um sonho bom.

Deposito um único beijo em sua bochecha e o deixo mais perto de mim, o loiro se encolhe contra meu peito e segura em minha mão, sinal de que estava se sentindo seguro.

Sorri ao ver que ele confiava em mim, e de que eu era a sua fonte de segurança, onde ele se sentia protegido.

Deito minha cabeça no travesseiro macio de plumas, fecho os olhos e tento dormir.

Não demorou muito para eu pegar no sono, abraçado ao homem que eu amo, em uma cama confortável no andar de cima de uma casa de madeira. Onde em baixo havia mais um casal que estavam fazendo só Deus sabe o que.

Espero que todos nós sobrevivamos a guerra, e que logo eu possa amar a Roger sem nenhuma restrição.

Eu o amo demais, desde o dia em que ele entrou em minha vida, eu não a imagino sem ele ao meu lado.

Classic • MaylorOnde histórias criam vida. Descubra agora