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Vitória| 02 de 05.

Santos: Vocês eram bem próximos sim, amantes na verdade. - revirou os olhos, se encostando na cadeira. - Só que você era apaixonada por outro, a pessoa que você verdadeiramente amou.

Vitória: Quem? - perguntei com a xícara perto da boca.

Assim que eu saí da faculdade encontrei com o Santos na frente, fazia um tempo que ele não aparecia pra me contar coisas, e hoje ele decidiu que queria ir mais a fundo em tudo, me contando coisas que ele tem a plena certeza que ninguém falaria.

Santos: Renan. Renan Oliveira.

Com a menção daquelas palavras, um dejavu de cenas minhas beijando alguém passou pela minha mente me causando uma forte dor de cabeça, deixei a xícara cair no chão se espatifando toda.

Vitória: E- eu, eu na-não. - neguei rápido com a cabeça, respirei fundo umas três vezes com os olhos fechados e assim que abri a primeira visão que tive foi de um funcionário limpando o chão, levantei na hora pra ajudar.

Xx: Não precisa se incomodar, senhora.

Vitória: Que isso, eu derrubei, eu limpo também! - sorri sem graça.

Ele agradeceu e depois de tudo limpo me sentei novamente na mesa encarando fixamente o Santos, por favor não seja o que eu pensando!

Santos: Sim, ele era irmão do Oliveria, no caso do João. - disse como se lesse meus pensamentos.

Coloquei minha mão sobre a boca arregalando os olhos, puta que pariu!

Vitória: Então eu..eu traia o João? Porque a gente tem uma ligação muito forte, penso que seja ele o meu namorado que você vivia dizendo.

Santos: Não. Você traía o Renan, o João foi um talarico filho da puta que chegou pegando o que era do irmão. - disse com um olhar estranho, parecendo de raiva? - Antes do João vocês eram tão felizes, realmente um casal perfeito, você vivia um conto de fadas. - fixou o olhar um ponto da cafeteria, parecendo lembrar de algumas coisas.

Vitória: Nossa. - murmurei surpresa. - Mas deve ter acontecido algo, né? Eu devia gostar do João, eu gosto dele agora!

Santos começou a respirar fundo parecendo se controlar e voltou a atenção pra mim, com um olhar frio.

Santos: Mas não devia. É culpa dele, tudo culpa dele! - bateu a não na mesa, pulei com o susto.

Vitória: Culpa do que, Santos? Meu Deus, olha aí o que tu fez - tentei limpar o café dele que tinha derramado na mesa com o tremor. - Precisava disso?!

Santos: Nada, culpa de nada. Tô indo.

Ele simplesmente se levantou e foi, bufei de raiva e levantei colocando os guardanapo sujo no pratinho e indo até o balcão pagar por tudo e de quebra o copo que eu tinha quebrado.

Sai do estabelecimento com a cara toda vermelha de vergonha, tenho a certeza de que ali eu não piso mais.

Fui pro trabalho com o que o Santos disse na cabeça, culpa, culpa de quê? E que caralhos é isso de trair? Meu Deus!

𝑀emórias - 𝐴𝑄𝑈𝐴𝑅𝐼𝐴𝑁𝐴 - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora