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Vitória

Larissa: Então tá tudo bem mesmo né doutora?

Dra.Pamela: Tudo ok, seu bebê está ótimo e com você tomando todas as vitaminas corretamente e se alimentando bem ele vai ficar ainda mais forte. - disse olhando pra mim. - Foi apenas um desmaio rotineiro, efeito dos sintomas da gravidez, não se preocupe.

Consegui pela primeira vez no dia respirar aliviada. Minha pressão mais cedo foi no chão, acabei desmaiando e me trouxeram correndo pra clinica aonde eu faço minhas consultas. João não pode vir comigo por causa da polícia então a Lari veio e ela parece estar mais preocupada do que eu, fazendo várias perguntas para a médica. Eu passei a maior parte do tempo quieta, pedindo a Deus pai que meu filho estivesse bem, respondia apenas o que a médica perguntava e de forma direta com as respostas. Agora que eu tenho certeza que meu  João Vitor esta bem eu podia finalmente sorrir novamente, mas tinha algo estranho, eu sentia.

Uma pontada forte no meu peito me fez parar o movimento na hora de sair da maca, Larissa me olhou meio estranho e do nada meus olhos se encheram de lágrimas e uma imensa vontade de chorar me bateu. Respirei fundo três vezes e a sensação estranha não saiu do meu peito.

Vitória: Lari, tem alguma coisa acontecendo. - murmurei baixo, chamando tanto a atenção dela quando da médica que meio me aparar, pedindo para eu ficar deitada. — Liga pro K7, por favor! - olhei para ela, enquanto tentava normalizar minha respiração.

Ainda meio contrariada ela colocou o  telefone no ouvido e quando abriu a boca pra falar a primeira palavra um estrondo na parte exterior da sala a parou. Tiros vieram logo em seguida, meu coração faltava sair pela boca escutando todos os gritos que davam. Lari falava rápido no telefone mas eu não ouvia mais nada, estava alheia às coisas, a única coisa que me via a mente era que eu precisava proteger meu bebê, precisava fazer de tudo pra ele ficar bem.

Escutei o barulho de portas sendo abertas e o desespero tomou conta do meu corpo cada vez mais, Larissa estava inquieta enquanto a médica estava tremendo ao meu lado. Pedi para que ela se acalmasse porque iria ficar tudo bem, mas nem eu mesma tenho certeza disso.

Depois do último barulho ouve um tempo em silêncio, não completamente, pois tinha alguns murmúrios baixos e barulhos de passos.

Senti uma pontada forte no peito que me fez soltar um grito de dor, a médica me olhou assustada enquanto Lari já tinha começado a chorar baixinho ainda com o telefone no ouvido, e foi nesse momento, no meio de toda essa agonia que a porta do ambiente em que estávamos foi aberta.

No início tudo foi como um completo borrão, seu rosto, seu corpo, tudo estava ali, mas ao mesmo tempo não. Eu não entendia, não sabia o porquê dele estar aqui, mas se algo acontecesse, esperava que meu filho ficasse bem.

Ele tem que ficar.

*****

Desabafo.

Eu sinto saudades de vocês cara, dos comentários,votos de tudo! De uns 10 capítulos pra cá n tem comentário nenhum enquanto outros tem mais de cem!!! Poxa, são quase 200 visualizações por capítulo,se cada um comentasse algo, por mínimo que fosse eu ia agradecer, sério. Obrigada e espero a gostem.

𝑀emórias - 𝐴𝑄𝑈𝐴𝑅𝐼𝐴𝑁𝐴 - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora