Esse capítulo é importante porque a partir dele irá se desenvolver outra trama, prestem atenção!
Não tem revisão!
🦋CUIDE DELAS🦋
Oliveira
Dias antes do acidente.
Deixei Vitória em casa e sai bolado de lá, porra, depois de tudo os caralho que a gente passou junto ela ainda acha que eu levantaria a mão pra minha mãe? Na onde mané.
Mãe é sagrada, levanto a voz e não abaixo a cabeça pra qualquer um, mas se ela me fala um a eu abaixo e escuto tudo pianinho no meu canto.
Bolei outro baseado e assim que eu ia atender escutei o rádio apitando.
Jacaré: Qual é Oliveira, na escuta? - murmurei que sim. - Sobe aqui em cima, preciso trocar um lero contigo.
Só concordei e dobrei o beco pra ir na direção da escadaria.
Nem entendi o motivo dele tá me convocando sendo que eu acabei de sair da boca, o papo deve ser bem sério, até porque ele nem é de chamar muitos pra ir lá pra cima.
Assim que eu cheguei avistei ele sentado no sofá velho que tinha ali em frente ao mirante, ele tava fumando mas logo virou o rosto quando escutou meus passos.
Oliveira: Coé patrão, posso te ajudar em algo?
Jacaré olhou pra mim serinho, engoli em seco mesmo não sabendo do que era, mas pela expressão dele já sabia que coisa boa não era.
Jacaré: Que papo é esse que tu tá pegando a minha filha? - perguntou na lata, prendi a respiração na hora. - Alandelon não tem vez na minha favela Oliveira, achei que tivesse deixado isso bem claro.
Ele dizia tudo de forma tranquila encostado no sofá, eu já tinha aberto a boca umas dez vezes mas porra nenhuma saia, eu só sabia pensar no fato de que eu poderia morrer a qualquer instante.
Oliveira: Pô, eu tô ligado.. - murmurei baixo.
Jacaré: Se acanhe não, tem nem porque. - disse se levantando, ele jogou o cigarro no chão e pisou em cima vindo pra perto de mim. - o papo que eu te dou é o seguinte: faz a minha menina sofrer que eu acabo com essa porra que tu chama de vida, tá me entendendo?
Oliveira: Sim, pode deixar. Então quer dizer que eu não vou morrer? - sorri sinico.
Jacaré: Eu não disse isso. - olhou pra mim com um sorrisinho debochado. - Vou deixar essa passar, mas preciso de um favor.
O pedi pra prosseguir e ele apontou pro sofá, caminhei até lá e me sentei no braço enquanto ele se acomodava no sofá de dois lugares.
Jacaré: Vou precisar ir em uma missão e não sei se volto. - ergui a sobrancelha, tentando entender. - Quero que cuide de tudo enquanto isso, vou passar a porra toda pro teu comando e espero que você saiba fazer o certo por aqui.
Oliveira: Não tô entendendo patrão, e o L3? Ele é seu sub pô.
Jacaré: Sei quem trama e quem tá comigo garoto. Então pode ficar em paz que eu sei muito bem o que estou fazendo. - disse sério acendendo outro birucutinho.
Oliveira: Na onde é essa missão? Tua mulher sabe? - perguntei curioso no assunto.
Se fosse uma boa e rendesse uma grana dahorinha se pá ainda fazia a cabeça dele pra ir junto, perder essa oportunidade nada pô.
Jacaré: Ninguém além de nós dois sabemos e quero que continue assim. - tentei agurmentar, mas ele me cortou. - Esse é um bagulho meu que ando planejando a tempos, você vai saber na hora certa o que é.
Assenti e me levantei pra sair, mas ele me fez esperar dizendo que tinha mais coisa.
Jacaré: Não quero que cuide apenas do morro, preciso que fique de olho na minha família. Sei que minha filha gosta de você e minha mulher também, elas são meus bens mais preciosos e estou confiando ele a você. - concordei. - Só não me faça me arrepender depois.
***
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𝑀emórias - 𝐴𝑄𝑈𝐴𝑅𝐼𝐴𝑁𝐴 - CONCLUÍDA
Non-Fiction𝑺𝑨𝑮𝑨 𝑯.𝑹💅🏼 As memórias amargas não podem nos aprisionar. Elas fazem parte da vida - como o sorriso, o por do sol, o instante de oração. Curioso é que esquecemos rápido nossas alegrias, embora sempre façamos com que o sofrimento dure mais do...