Larissa| 04 de 05.
Eu tava tentando de todas forma não chorar, mas as coisas daquele dia se passando na minha mente não me ajudava em nada, relembrar a dor que eu senti com as palavras saindo da boca dele.
Larissa: Eu disse e cumpri, depois daquele dia não queria saber mesmo de mais nada relacionado a ele, bloqueei em todas as redes sociais mas parece que de nada adiantava pois ele sempre tinha um número falso, uma conta fake, até gente pra me seguir ele colocou! Fiquei com um medo do caramba, mas eu não ia abaixar a cabeça e nem voltar atrás com as minhas decisões. Eu fugia dele que nem diabo foge da cruz mesmo. - ri tentando mudar o clima. - Mas aí eu tava com uma vontade enorme de um açaí sabe e resolvi sair, me encontrei com o K7 e a Yara lá e ficamos conversando e brincando, eu tava me sentindo tão bem, sabe prima? Como se nada pudesse estragar aquele momento e por um momento eu permaneci naquele pensamento, até o Jota aparecer jogando a moto pra cima da gente com o rosto todo vermelho de raiva. Ele mandou eu subir mas eu neguei na hora, o olho dele entregava que o mesmo não tava em si, K7 até tentou intervir mas ele me olhava de um jeito e eu soube na hora que se eu não fosse alguém ali iria se machucar, e de modo algum eu queria isso.
Olhei pra cima tentando conter as lágrimas para tentar continuar, Vitória me olhava com os olhos cheios de lágrimas também, ela não podia ver alguém chorar que chorava juntinho.
Assim que eu abri a boca pra continuar, as cenas de tudo se passou pela minha mente me fazendo encolher mais no sofá buscando conforto em mim mesma.
Flashback on 💭.
Ele parou a moto na frente do barraco que a gente sempre fica, entrou na casa me puxando pelo braço e me jogou no sofá com força.
Jota: QUE PORRA FOI AQUELA, LARISSA? - gritou jogando algumas coisas que tinha pela casa no chão.
Larissa: Jota pelo amor de Deus, olha seu estado cara.
Jota: Foda-se, FODA-SE! Eu quero saber que merda tu tava fazendo com aquele alandelon do caralho!
Larissa: A gente tava só conversando, só isso. - disse baixo.
Ele veio até mim e me puxou pra cima me encostando numa parede próxima e apertou meu pescoço com força.
Jota: Você tá dando praquele filho da puta? - perguntou apertando cada vez mais forte.
Larissa: Na-não, e-eu tô s-sem ar.
Jota: É, na hora sentar deve que tava bom né? - disse debochado.
As lágrimas já caiam pelo meu rosto e o medo de morrer ali mesmo me dominou por completa.
Me ajuda Senhor, sei que não sou uma filha muito santa e obediente as tuas leis, sou pecadora, todos somos! Mas me ajuda, e se for do seu querer que eu não saia daqui hoje que seja, eu confio em ti.
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𝑀emórias - 𝐴𝑄𝑈𝐴𝑅𝐼𝐴𝑁𝐴 - CONCLUÍDA
Non-Fiction𝑺𝑨𝑮𝑨 𝑯.𝑹💅🏼 As memórias amargas não podem nos aprisionar. Elas fazem parte da vida - como o sorriso, o por do sol, o instante de oração. Curioso é que esquecemos rápido nossas alegrias, embora sempre façamos com que o sofrimento dure mais do...