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Vitória: A vista daqui de cima é incrível.
Olhei pra ele que apenas concordou com a cabeça e continuou vendo a vista da favela.
Suspirei me mexendo inquieta, eu precisava muito saber de algumas coisas e pelo jeito que ele vive falando comigo, sei que ele sabe e/ou fez parte do meu passado.
Oliveira: Pode perguntar - murmurou, desviando o olhar da vista pra mim. Fiz uma cara de sonsa de quem não tava entendendo e ele sorriu. - Tu fica tremendo as pernas quando tá inquieta, e geralmente isso acontece quando você quer saber de alguma coisa, então pode perguntar.
Vitória: Quem é Renan? - me virei completamente pra ele. - Esse nome sempre vem a minha cabeça, e eu lembro de estar aqui com um menino, mas eu não lembro o nome dele.
Vi o mesmo engolir em seco e ficar de frente pra mim.
Oliveira: Esquece o passado, Vitória, foca no hoje. - passou a mão pelo meu rosto.
Vitória: Mas eu preciso saber, João. Eu preciso de memórias.
Oliveira: Forme novas, esquece as antigas. Você nem se lembra delas, pra que reviver tudo agora?
Vitória: A mas.. - ele ergueu uma sobrancelha, suspirei concordando. - Esquecer o passado, focar no futuro.
Ele diminuiu o espaço entre nós colando sua boca na minha, aquele sentimento de familiaridade bateu com força, entre abri os lábios sentindo sua língua invadir minha boca.
Nossas línguas se mexiam em perfeita sincronia, as mãos dele em lugares específicos do meu corpo, apertando de leve me dava arrepios.
Desgrudei nossos lábios pela falta de ar, mas deixei nossas testas coladas, enquanto tentávamos regularizar as respirações.
Oliveira: Porra, vai liberar pra mim quando aquariana?
Empurrei ele e dei um tapa no seu ombro, o otário ainda ficou rindo igual besta.
Vitória: Tomar no cu você não quer né?
[...]
Tava morta real, fui inventar de ficar até tarde ontem com aquele traste que acordei só o pó pra ir na faculdade.
Tomei um banho gelado pra despertar mais e me arrumei correndo, tava em cima do horário já.
Sai trancando tudo e desci aquele morro na velocidade do flash mesmo, tinha chamado um uber e o carro ja tava bem na entrada da favela.
Entrei colocando o cinto e acenei pro motorista, demorou uns dez minutos pra chegar em frente à UFRJ, paguei o cara e sai arrumando minha bolsa.
Tava andando tão distraída que não via por onde andava, acabei tropeçando em algo e ia cair feio no chão, se um carinha não tivesse me segurado.
Vitória: Merda - murmurei catando as coisas, e o menino me ajudou. - Obrigada mesmo.
Xx: Nada pô.
Senti uma sensação estranha atravessar meu corpo com aquela voz rouca, ergui meus olhos me deparando com um cara muito lindo, dos olhos escuros, iguais ao do Oliveira, e nossa olhando bem de perto podia jurar de pé juntos que eles são irmãos.
Vitória: Desculpa, eu te conheço?
Xx: Deveria, Vitória.
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Gente eu tô sem cabeça pra nada nos últimos dias, ando surtando mais que o normal só que eu não quero largar essa história, então eu vou deixar ela como estava antes e irei apenas revisar, vou seguir o cronograma do início e espero que vocês gostem do resultado, beijinhos de luz!
03/ago.
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𝑀emórias - 𝐴𝑄𝑈𝐴𝑅𝐼𝐴𝑁𝐴 - CONCLUÍDA
Non-Fiction𝑺𝑨𝑮𝑨 𝑯.𝑹💅🏼 As memórias amargas não podem nos aprisionar. Elas fazem parte da vida - como o sorriso, o por do sol, o instante de oração. Curioso é que esquecemos rápido nossas alegrias, embora sempre façamos com que o sofrimento dure mais do...