Vitória| semanas depois.
Meu chá de bebê tava a coisa mais linda do mundo.
Depois de muita insistência convenci o João a fazer um, foi uma luta do caralho, mas foi só falar que eu ia fechar as pernas que ele abriu a carteira. O cúmulo né?
Falando no abençoado, tava chutando o balde em um canto com os cara da boca, algumas pessoas da família olhava praquilo meio assustado, mas tu tá ligando? Porque ele não!
Já falei e tirei foto com a maioria dos convidados, dona Maria mesmo depois que descobriu da criança só vem me mimando cada vez mais, e eu nem tô gostando né.
A decoração em azul é branco estava linda demais, uma mesa com doces e um bolo de fralda com um laço azul e dois ursinhos pela mesa. Quando eu vi agradeci o horas a mulher da decoração, ela realmente deu o nome dela ali.
Larissa: Cade o neném da madrinha? - me virei com um sorriso no rosto e ela vinha ao lado do K7 que tava com a Yara nos braços.
Vitória: Até que enfim, achei que nem vinha mais. Começou a namorar e esqueceu da prima. - choraminguei, fingindo um choro.
Larissa: Para de drama garota, ficou grávida e o trem ficou dez vezes pior. - negou com a cabeça.
Oliveira: Eu falo pra ela pô, mas depois ainda sou errado. - disse chegando do meu lado. - E aí família. - fez um toque com os dois.
Abracei a minha prima e logo depois o Kauê, pegando a Ya no colo. Eles dois estavam juntos a alguns dias, foi bem do nada quando a minha prima chegou falando e eu nem fiquei surpresa. Via de longe a química dos dois, e quando ela disse que eles tinham ficado na primeira vez, tava na cara que ia dar namoro. Não que eu não tenha botado meus dedos no meio pra acelerar o processo né, mas ninguém precisa saber.
Continua aquela: deixa acontecer, naturalmente.
Sai cantarolando a música na cabeça e deixando os dois sozinhos, podia ver os corações no ar quando estava perto deles e isso ainda é eufemismo, perto do que tá acontecendo.
Dei alguns doces na mão da Yara e levei ela até a mesa que tinha alguns salgadinhos em cima, ela tava toda feliz e eu como uma madrinha exemplar ia só enfiando mais doce nela. E que o pai dela não veja e nem saiba de nada, amém.
Oliveira: E aí gatinha. - beijou meu pescoço e deixou um beijo na testa da Ya que sorriu pra ele. - O pai dessa criança sabe que tu tá causando uma diabete nela? - ergueu a sobrancelha.
Vitória: Pai dela que lute! Tá comigo vai continuar comendo sim. Tem tempo ruim não.
Oliveira: Tu é foda cara. Mas pô, a mãe tava chamando a gente pra tirar umas fotos ali e pá. Vai lá tu, depois eu colo. - estreitei os olhos já perdendo de longe a mentira pelo tom de voz dele.
Podia tá bêbado, mas mesmo assim eu reconhecia quando ele mentia. Sua voz mudava um pouco o tom e o ombro dele ficava tensionado.
Vitória: Tá aprontando o que em? - olhei seria pra ele. - Já abre o bico, que eu sei muito bem que tu tá mentindo! Aliás, já até tirei foto com a tua mãe.
Nem reparei quando, mas quando percebi a Larissa tava do meu lado puxando a Yara do meu colo. Ela me olhava com um sorriso enorme no rosto. Nem entendi.
Quando eu virei pro João de novo, ele já estava de joelhos no chão com uma caixinha de veludo vermelho aberto, revelando um anel prata; a parte de cima era meio trançada e tinha uma
pedra de diamante pequena no centro.Vitória: Aí.meu.Deus. - surtei de leve, quase pulando.
Oliveira: Pô, eu queria fazer de uma forma mais romântica e pá, em um jantar e essas coisas aí tá ligado? Mas eu percebi que não tinha momento melhor que esse, quando estamos comemorando a vinda do nosso filhão. Você me deu um dos presentes mais fodas que eu possa ganhar e eu nem tenho palavras pra agradecer. Além de tudo, agradecer não somente a isso, mas também a você por ser essa pessoa foda, que está comigo em todos os momentos. Nas horas que eu mais precisei você tava do meu lado, me fazendo o cara mais feliz do mundo. Eu amo você pra caralho, e então preta, quer casar comigo?
Eu já tava chorando e se pá tava parecendo o coringa. Mas nesse momento nada mais importava.
Vitória: Sim, sim, sim! É claro que eu aceito!! - gritei, me jogando nele.
A gente ficou um tempo só na nossa bolha, mas depois voltamos ao mundo agradecendo as pessoas que nos parabenizavam.
*****
Com um pedido desse, até eu.RETA FINAL, af
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𝑀emórias - 𝐴𝑄𝑈𝐴𝑅𝐼𝐴𝑁𝐴 - CONCLUÍDA
Non-Fiction𝑺𝑨𝑮𝑨 𝑯.𝑹💅🏼 As memórias amargas não podem nos aprisionar. Elas fazem parte da vida - como o sorriso, o por do sol, o instante de oração. Curioso é que esquecemos rápido nossas alegrias, embora sempre façamos com que o sofrimento dure mais do...