Prólogo

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Vitória🦋

Joguei meus braços para cima e comecei a curtir no ritmo da música, Larissa apareceu a minha frente colocando as mãos no joelho e se virou pra mim.

Larissa: É baile de favela, menina, não uma rave. Me segue!

Ela começou a fazer uns movimentos com a bunda, e como eu aprendo bem rápido as coisas, fui seguindo ela no ritmo da música.

Quando menos percebemos a atenção estava voltada toda para nós, eu até ficaria com vergonha, mas o
copo de bebida que a Lari me deu, me fez maravilhas, não logo mais pra nada!

Larissa: E vem fazendo a posição, jogando assim. Vem fazendo a posição jogando assim. Então se prepara e vai fazendo assim, faz a pose, olha o flash, que eu tô gravando você pagando boquete. - rebolou até o chão.

Fiz de tudo e mais um pouco, essa sinceramente, tá sendo uma das melhores noites da minha vida, a muito tempo eu não me divertia assim.

Joguei a cabelo pro lado, e com esse movimento vi um cara me encarando com os braços cruzados.

Ele tinha uma cara de mal, que tava me fazendo sentir coisas inimagináveis. O olhei de cima a baixo e mordi meu lábio.

Me ajeitei em pé e peguei mais um pouco de cavalo branco, misturando com energético e colocando gelo.

Larissa tinha seus contatos, conseguiu nos colocar no camarote, então, tudo liberado!

Larissa: Prima do céu! - tirei o copo da boca encarando ela. - O Oliveira tá te encarando, disfarça e olha para trás.

Fiz o que ela pediu, e me virei disfarçadamente para trás, e avistei o cara que me encarava um tempo antes.

Olhei para minha prima com as sobrancelhas arqueadas, sem entender onde ela queria chegar.

Larissa: Você não entendeu, né? - concordei. - Eu acho que ele quer pegar você. - disse direta.

Neguei com a cabeça e olhei de novo pro cara.

Vitória: Nada haver, menina. Tanta loira bonita aí, ele vem querer logo eu? Na onde, se ligue!

Larissa: A tá, e quem não ia querer uma morena que nem você? - olhei pra ela dando um sorriso sem humor, e a mesma logo entendeu. - Eu não queri..

Vitória: Tá tudo bem. Vou no banheiro.

Entreguei meu copo a ela, sentindo aquela felicidade que eu estava se dissipar aos poucos.

Depois de enfrentar uma fila enorme, consegui entrar no banheiro, fiz meu xixi e lavei minhas mãos, saindo dele logo em seguida.

Enquanto eu voltava pro lugar onde eu estava, senti uma mão segurar meu braço, e já virei pronta pra dar um murro em quer que seja, mas a pessoa foi mais rápida e segurou minha mão.

Pela pouca iluminação que se fazia presente no local, consegui visualizar seus olhos escuros como a noite, e deslizando meus olhos pelo seu rosto e tronco, pode ver também a tatuagem em seu pescoço, blessed.

Vitória: Será que tem como me soltar, ou eu vou ter que gritar? - olhei pra ele com raiva.

XxX: Quem é você? - disse com uma voz rouca, que me casou arrepios.

Vitória: Me solta! - tentei puxar meus braços, mas foi um tentativa falha.

XxX: Quem é você? - disse calmo e pausadamente, como se quisesse me causar medo. E olha, ele tá conseguindo.

Tentei mais um vez soltar meus braços e agora consegui, me afastei dele e me virei para sair, mas alguma coisa me fez parar e dizer aquelas palavras, só não sei o que, e que eu não me arrependi.

Vitória: Me chama de... Aquariana.

𝑀emórias - 𝐴𝑄𝑈𝐴𝑅𝐼𝐴𝑁𝐴 - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora