Vitória🦋
Me virei pra Larissa e passei a mão pelo vestido alisando o mesmo, ela ergueu um dedo fazendo joinha, dei um sorriso satisfeito e olhei pro espelho de novo pra retocar o batom.
Larissa: Tem certeza? - me olhou pelo espelho apreensiva.
Vitória: Você mesma disse que eu precisava escolher alguém, e eu escolhi. Me sinto ótima com a minha decisão.
Ela sorriu e concordou com a cabeça saindo do quarto, Lari anda meio estranha esses dias, mas nem por pressão psicológica ela abre a boca, sempre espera a merda acontecer pra falar tudo.
Peguei meu celular e coloquei dinheiro atrás da capinha, calcei a rasteira e sai de casa indo direto pro restaurante que tinha aqui no morro, entrei olhando ao redor e vi ele cenar de leve pra mim, andei até a mesa e dei um selinho nele, me sentando na cadeira em frente a dele.
Oliveira: Eai preta, já fiz o nosso pedido.
Concordei mesmo estando curiosa pra saber o que ele pediu, João tem um negócio sabe? Ele me conhece tão bem, sabe todos os meus gostos, tudo mesmo e isso me impressiona cada vez mais.
Também era a comprovação do que o Santos tinha tido sobre ele, que o mesmo iria fazer de tudo para me conquistar e me ter somente para ele. Outras coisas que ele me disse também, foram acontecendo no decorrer dos dias, parece que ele prevê as coisas, não sei, apenas sei que ela sempre fala tudo o que realmente acontece.
De primeira achei que ele era um louco, mas aos poucos foi me conquistando e de quebra a minha confiança, claro que sempre com um pé atrás.
Algo me diz que as pessoas ao meu redor sabem mais do que falam e dizem saber, todos mentem, mas o Santos não, ele conta tudo, ele me diz a verdade.
Oliveira: Que cara é essa? Ficou toda esquisita do nada pô, tá pensando no que? - neguei rápido com a cabeça, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
Vitória: Em nada, bem. Quer dizer, naquelas aulas de carro que você ia me dar, hun? - sorri.
Oliveira: Esquece, não rola mesmo Vitória, amo pra caralho meu carro, não entrego na tua mão nem com reza braba.
Vitória: Mas tu vai tá lá, eu em, mas tá, relaxa, os de verdade eu sei quem são. - olhei pra baixo, fingindo estar triste.
Oliveira: Filha da puta. - murmurou baixo.
Levantei a cabeça com um sorriso maior que o do coringa, sabendo que meus truques funcionam com ele.
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𝑀emórias - 𝐴𝑄𝑈𝐴𝑅𝐼𝐴𝑁𝐴 - CONCLUÍDA
Non-Fiction𝑺𝑨𝑮𝑨 𝑯.𝑹💅🏼 As memórias amargas não podem nos aprisionar. Elas fazem parte da vida - como o sorriso, o por do sol, o instante de oração. Curioso é que esquecemos rápido nossas alegrias, embora sempre façamos com que o sofrimento dure mais do...