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Outro dia...
A noite no shopping, ou como chamamos, "a noite das garotas", foi incrível!
Depois de voltarmos para casa, optamos por assistir mais filmes, já que assistimos um no shopping, mais esses agora eram da Barbie.
Yara e Larissa se deram bem demais, estão até fazendo tranças uma na outra enquanto o filme passa. Eu tava bem atônita mesmo, sem prestar atenção, a única coisa que me vinha a mente era o que teria acontecido se tudo estivesse dado certo, se aquele filha da puta não tivesse feito aquilo comigo, como eu estaria hoje, será que eu seria feliz?
Sai dos meus pensamentos com as meninas me pedindo para pegar mais pipoca. Peguei o balde e fui em direção a cozinha, enquanto a pipoca estourava dentro do micro-ondas, senti meu celular vibrar no meu bolso e peguei ele, dando um sorriso de lado vendo de quem era a mensagem.
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K7❤: Valeu mermo aí por ficar com a Yara, espero real que a garota não esteja te dando trabalho.
Vitória: Já disse Kauê, tá de boa real, aliás, ela não me deu trabalho algum, se quiser deixar ela comigo pra sempre, eu aceito! Mais vou cobrar pensão, em! KKKKKK.
K7❤: Engraçadona tu, pô. Se liga, vou passar amanhã cedo aí pra buscar ela, dmr?
Vitória: Demoro, te espero amanhã então, beijos!
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Desliguei o celular voltando pra sala e coloquei o balde de pipoca perto das duas que já foram logo atacando, nem parece que comeram uma pizza praticamente sozinhas.
Umas horas mais tarde, olhei pro lado e percebi que as duas já estavam dormindo, só eu que continuei assistindo, Barbie escola de princesas, e até que é bom, eu gostei!
Peguei a Ya com cuidado e coloquei ela na minha cama, voltei pra sala e acordei Larissa pra ir pra cama dela, que saiu resmungando.
Deitei na sala mesmo, ia terminar de assistir o filme, nem vi quando capotei no sono ali mesmo.
Acordei cedinho com o galo da vizinha do fundo, tô com tanto ranço dele, que tô pra ir lá e pegar pra fazer canja!
Levantei do sofá e caminhei até o meu quarto, peguei meu cigarro dentro da cômoda, passei pela cozinha e peguei um isqueiro.
Como eu estava de short e moletom, apenas sai de casa encostando a porta e atravessei pro outro lado da rua, que tinha uma parede cheia de grafites. Como a casa da Lari é bem no final de um beco, quem fica do lado da rua da parede, tem a visão da principal, carros passando e pessoas saindo cedo em pleno domingo.
Encostei na parede e tirei a carteira de cigarro do bolso do moletom, colocando um na boca e acendendo. Puxei a fumaça, e soltei aos poucos jogando minha cabeça pra trás.
O cigarro de certa forma me acalmava, sempre quando eu estou agitada, ou pensando demais, eu fumo, parece que tudo some da cabeça, e você fica totalmente relaxado, uma mania que as vezes se torna um vício, mas eu gosto disso desde que me entendo por gente e eu nem sei o porquê.
Depois do terceiro trago, ouvi passos chegando perto, virei um pouco o rosto, e balanceio a cabeça em negação , com um sorriso de lado vendo quem era.
Vitória: Hoje começa cedo? - perguntei baixo, enquanto dava mais uma tragada.
Oliveira: Fumando cedo, aquariana? O que se passa nessa cabeça? - ergueu uma sobrancelha. Olhei pra ele sem entender, e ele negou. - Esquece pô, da um cigarro aí.
Joguei a carteira junto com o isqueiro pra ele e olhei pra frente, pensando em algumas coisas.
Vitória: Porque parece que você me conhece tão bem? - murmurei, assim soltei a fumaça.
Oliveira: Porque eu conheço. - respondeu simples, se encostando na parede ao meu lado.
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𝑀emórias - 𝐴𝑄𝑈𝐴𝑅𝐼𝐴𝑁𝐴 - CONCLUÍDA
Non-Fiction𝑺𝑨𝑮𝑨 𝑯.𝑹💅🏼 As memórias amargas não podem nos aprisionar. Elas fazem parte da vida - como o sorriso, o por do sol, o instante de oração. Curioso é que esquecemos rápido nossas alegrias, embora sempre façamos com que o sofrimento dure mais do...