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Observei o idiota sair da sala de cabeça baixa resmungando alguma coisa e em um piscar de olhos eu vi a arma ser sacada e ele levar um tiro bem na cabeça. Soltei um grito esguio pelo susto e me encostei mais na parede com a respiração descontrolada.

Vitória: Mas que merda?! - gritei olhando pro corpo.

Santos: Ih pô, morreu tarde. - guspiu no corpo e caminhou até mim. - É engraçado o tanto de volta que esse mundo da e a gente sempre volta a se encontrar né, aquariana? - sorriu de forma sombria. - Claro, nem sempre por obra do destino, mas não a nada que mexer uns pauzinhos aqui e ali não resolva.

Vitória: Qual é o seu problema comigo Renan? Em? Que caralhos você quer comigo porra! Já não basta a merda dos dois acidentes que eu sofri por causa de você, o inferno todo que você já causou e quer mais? - gritei. - Entenda que eu nunca vou te amar caramba, me deixa em paz!

No calor do momento eu só vi quando sua mão levantou e logo após a queimação no meu rosto. Deixei que uma lágrima descesse, mas segurei as outras.

Santos: Tá vendo aí Vitória, tá vendo o que tu faz eu fazer pô? Tinha necessidade não, mas tu também não sabe conversar na moralzinha. - se afastou negando com a cabeça. - Que nunca vai me amar o que mulher, tu me amava pra caralho antes do vacilão e vai me amar ainda. A gente vai sair daqui e viver bem longe pô, tu vai aprender a gostar com o tempo tá ligado? A gente vai voltar a ser aquele casalzão 10/10 de antes amor, confia.

Neguei segurando a risada. Ele estava louco, sádico. Eu não me lembro do Renan assim, não mesmo.

Vitória: O que aconteceu em? Você não era assim Renan, não era. - murmurei baixo.

Santos: O João, isso aconteceu! Porra, se aquele moleque não existisse nós tava juntão até hoje, papo firme. Mas pode deixar que aquele vacilão vai ter o fim que merece. Alandelon do caralho. - ele andava pelo local de forma conturbada, como se algo o fizesse ficar elétrico assim e ele não conseguisse mais parar.

Vitória: Tá falando do que Renan? - tentei me levantar me encostando nas paredes e sorri quando consegui erguer metade do corpo.

Santos: Pô,uma hora dessas ele já deve tá morto.

Meu sorriso sumiu do rosto e aos poucos fui me sentindo fraca, não consegui sustentar mais meu corpo e cai no chão me apoiando pela mão. As lágrimas que eu lutei para segurar foram descendo aos poucos. O Renan que parou por um momento para olhar o celular estava com um sorriso enorme estampado no rosto. Um sorriso de vitória.

Renan: Falei cara, a confirmação chegou. Agora é nós por nós preta.

𝑀emórias - 𝐴𝑄𝑈𝐴𝑅𝐼𝐴𝑁𝐴 - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora