Oliveira
Na moral, o bagulho tava louco de verdade. Era tiro pra tudo quando é lado mané, mas segurei firme no fuzil e continuei meu caminho. Matava qualquer nego que passava, até conseguir entrar de fato na casa com a ajuda de uns mano na segurança.
Entrei pela porta dos fundos enquanto os aliado faziam o estrago pela frente, caminhei na calma com alguns do lado e fui andando pela casa de modo silencioso.
Quando tava na ponta de uma escadaria escutei alguns gritos vindo mais do fundo da casa e corri até lá, encontrando uma porta aberta.
Fiquei de lado e fiz sinal pra todos entrarem em posição, chutei a porta e apontei o fuzil mas não tinha ninguém. A porta dava direto pra uma escadaria que levava pra parte de baixo da casa e quando eu escutei de novo o grito da minha mulher desci os degraus avoadão, sai pulando os bagulho tudo.
Cheguei em uma parte que mais parecia um cômodo e assim que eu tive a visão da cena do Santos apontando uma arma pra cabeça da vitória enquanto me olhava com raiva, me fez estremecer dos pés a cabeça.
Não por medo dele, mas do que ele poderia fazer com a minha mulher, mãe do meu filho. Que isso pô, se algo acontece com ela eu nem sei o que é de mim, tá ligado? Mesmo em pouco tempo vitória fez parte da minha vida e acima de tudo se tornou a minha vida. Por ela eu mato, morro e se for preciso até me seguro pra não atirar na cara de um filho da puta que devia tá morto a anos. Por ela e pelo meu filho eu sou capaz de tudo, tudo o que for preciso para mater a segurança dos dois eu faço, sem nem exitar.
Escutei alguns passos vindo da escadaria e joguei o fuzil no chão, erguendendo as mãos em sinal de rendição, esperando de verdade que esses moleques não fossem burro ao estremo e assim que eu fiz isso os passos cessaram.
Renan: Isso caralho, isso mesmo. Tá vendo aí teu príncipe encantado amor? Nem se deu ao trabalho de lutar por você. - riu debochado, próximo ao ouvido dela.
Senti uma raiva fora do comum me invadir e por impulso eu quase fui pra cima do canalha, só quase. Se ele não estivesse com uma arma apontada pra cabeça da minha aquariana certeza que o filho da puta já estaria morto.
Vitória começou a chorar e se debater contra o corpo dele o que fez com que o Renan destravasse a arma, senti meu corpo ficar tenso e neguei com a cabeça para ela.
Oliveira: Shii. Vai ficar tudo bem, confia em mim, ok? - pedi com um meio sorriso no rosto e ela assentiu.
Renan balançou ela mais um pouco e voltou com seu olhar de ódio em minha direção.
Renan: Vai ser engraçado ver você tentar tirar ela de mim, não vai ser dessa vez, irmãozinho.
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Tô tentando, juro!
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𝑀emórias - 𝐴𝑄𝑈𝐴𝑅𝐼𝐴𝑁𝐴 - CONCLUÍDA
Não Ficção𝑺𝑨𝑮𝑨 𝑯.𝑹💅🏼 As memórias amargas não podem nos aprisionar. Elas fazem parte da vida - como o sorriso, o por do sol, o instante de oração. Curioso é que esquecemos rápido nossas alegrias, embora sempre façamos com que o sofrimento dure mais do...