Naruko Uzumaki| Livro I

Capítulo 10- Aburame Fora dos Padrões

Dedicado à AnnyJJ0 que chorou para eu fazer uma continuação de "Rin Nohara".

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Shibe se foi, deixando uma uma mulher dividida para trás; Konan sempre fez do tipo decidida, mas naquele momento ela não sabia o que fazer. O líder do clã que manipula insetos havia confirmado suas suspeitas e lhe dado a última peça para desvendar aquele quebra-cabeças; ela não comentou nada sobre já ter conhecimento de uma parte da história, não queria causar má impressão para ele, mas algo lhe dizia que o Aburame já sabia de suas visitas nas escondidas atrás de informações.

Agora a sensei só conseguia pensar em qual seria a atitude que iria tomar.

Yasu era irmã mais nova de Torune; como seu pai e irmão, ela havia herdado os anticorpos necessários para utilizar os nano-insetos, uma técnica rara dentro do clã Aburame que consiste em destruir as células do Inimigo lhe causando muita dor no processo. Os insetos funcionavam como vírus, um simples toque do usuário é fatal. A garota de cabelos dourados virou sua nova hospedeira quando nasceu, para mais tarde abandonar as perigosas criaturas que haviam tirado seu irmão dela.

Aburame Torune fora recrutado por Danzou ainda quando criança em proteção a Shino, enquanto a garotinha de olhos verdes se escondia atrás dos galhos das árvores. Ela nunca mais viu o irmão depois que ele entrou para a Anbu Ne, como se não bastasse, o Aburame faleceu algum tempo depois no desmoronamento do prédio da Raiz por Uchiha Shisui. Naquele mesmo ano ela se negou a viver uma vida de kunoichi e expulsou os insetos de seu corpo, quebrando o pacto.

Quanto mais crescia, menos estava dentro do padrão Aburame; desenvolveu repulsa por insetos; suas roupas, antes de cores neutras e que cobriam boa parte de seu corpo, foram substituídas por cores vivas e com a menor quantidade de pano que ela podia; se livrou dos óculos, exibindo os olhos verdes; a única coisa que lembrava a pequena garota que sonhava em ser uma ótima ninja, eram os cabelos dourados na altura dos ombros, um corte que sua mãe usava e ela não conseguiu se desfazer dele.

Com as mudanças vindo uma atrás da outra Shibi, internamente, se desesperou; a mudança de comportamento foi grande e rápida; se tornou uma garota rebelde e por muitas vezes mal educada. Então o matriarca fez um acordo com ela, era um plano de longo prazo para que Yasu não desistisse, adiaria o máximo que podia; ela aceitou, agora que não abrigava mais insetos venenosos poderia frequentar a academia, essa seria a salvação de Aburame Shibi.

Instruiu o filho a incentivar a loira, mas para sua frustração eles não conseguiam se aproximar, tinham uma relação rasa, superficial; nenhum dos dois eram bons em socializar.

Agora o líder do Clã apostava suas últimas fichas em Konan; não queria pressionar a sensei, por isso contou a história e saiu, para que ela mesma tirasse suas próprias conclusões e decidisse o que é melhor, mas tinha esperanças que a Jonnin iria o ajudar.

Agora a mulher sofria. Só existia uma pessoa capaz de ajudá-la a relaxar,  então no meio da madrugada ela saiu de casa, seu destino era Rin.

Ela contou a boa notícia, explicou sobre as alunas e passou um tempo de qualidade com a amiga, o que não fazia a muito tempo. Sabia que ela estava cansada, então não tomou muito de seu tempo; bebeu seu chá, a deixou a par da situação, absorveu os concelhos e depois foi embora; estava imensamente agradecida pela a amiga, elas podiam não passar muito tempo juntas como antigamente por conta do trabalho, mas isso não enfraquecia a amizade que tinham.

Konan foi embora inspirada, tinha tomado uma decisão. Ela sabia que ser kunoichi não era mais a vontade de Yasu, não como antes, ela comprimia o sentimento; tinha conhecimento que aquilo não era mais que resultado de seus traumas, mas ela não iria forçar nada, colocaria suas esperanças no teste de amanhã; pediria a Kami para que as garotas se saíssem bem e a Aburame de alguma forma se sentisse feliz fazendo aquilo. Ela nunca tivera um combate de verdade, talvez pudesse despertar o espírito ali. Apostava nisso.