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— É aqui. — A Senju abriu a porta dando passagem para dentro da sala.
Já havia passado da hora do almoço. Mahina tinha acabado de voltar do Distrito Uchiha após dar uma das piores notícias que uma família poderia ouvir.
Uma das equipes de Anbus que estavam em missão retornaram naquela manhã com uma notícia nada agradável aos olhos daquela jovem líder. O capitão, um Uchiha escolhido a dedo por ela para o sucesso da missão, se sacrificou a fim de salvar o time.
Ela não poderia deixar de prestar suas condolências pessoalmente; mas definitivamente não esperava que fosse encontrar olhos julgadores.
E, num piscar de olhos, sentiu o peso de mais uma morte sobre seus ombros.
Mas aquilo foi esquecido por ela quando algumas informações se entrelaçaram em sua mente. Lembranças vagas, mas que poderia mudar o rumo das coisas e apresentar sérios problemas para a Godaime, Hiruzen e todo o conselho de Konoha. Ela havia ligado alguns pontos, mas precisava de provas e mais alguns detalhes sobre o ocorrido, e só as encontraria naquela sala de pergaminhos velhos de relatórios de missões.
Grande foi sua frustração ao encontrar o lugar de pernas para o ar. A cronologia havia sido abandonada a tempos e camadas de poeira cobriam os pergaminhos. Se repreendeu mentalmente por ter negligenciado a limpeza e ordem do local, mas não perdeu tempo em contatar Tsunade de que precisava de um de alguns gennins.
Não teria tempo para arrumar ela mesma e nunca encontraria nada naquela bagunça. O que a levava para o presente, onde o time de Konan olhava horrorizado para a sala.
— Eu desisto de viver! — A Aburame se jogou contra uma poltrona da sala, se arrependendo logo em seguida ao se engasgar com a quantidade de pó que se levantou.
— Yasu! — Konan repreendeu a falta de discrição da aluna.
— Ah, tudo bem! — A de rabo de cavalo riu — Vamos ser sinceras, esse lugar está péssimo...
Konan suspirou.
No segundo seguinte, um dos Anbus sobre as ordens de Mahina estava presente na sala. Roupas tradicionais, máscara e um papel em mãos, ao qual não tardou em entregá -lo a Senju, se curvar em respeito a sua posição e desaparecer.
Os olhos negros identicos aos de Jiraya correram pela bela caligrafia, ela não precisava de mais nada pra saber quem era o dono do bilhete. O conteúdo só a fez ter mais certeza.
— Está tudo bem? — A mulher se aproximou. Era de confiança o bastante para que a líder da Anbu compartilhasse com ela seja lá do que se tratava.
— Sim. — Sorriu nervosa e segurou o papel com mais força que o necessário. — Naruko saiu da Vila em missão... eu preciso sentar.
Procurou uma cadeira meio aquele lugar e sentou -se, sem se preocupar com o pó, sobre os olhos atentos de Mayumi. A de olhos vermelhos estivera a observando assim que o nome Naruko fora citado, lembrando-a de que aquela órfã fora acolhida pelas Senjus.
Aquilo sempre a intrigou. Mas a notícia que acabara de escutar era ainda mais surpreendente e invejável.
— Naruko? Como ela conseguiu uma missão dessas? O máximo que temos feito é ajudar agricultores na área rural de Konoha.
Konan, que se mantinha na tentativa falha de acalmar uma Mahina nervosa, desviou o olhar para a gennin a repreendendo.
— Se vocês fizessem as missões rank D sem reclamar, tenho certeza que o Terceiro confiaria uma C a vocês também. — Disse numa tentativa de educar as garotas.
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Naruko Uzumaki| Livro I
FanfictionLivro I da série "Um Efeito Borboleta". "As meninas podem fazer tudo o que os meninos fazem e mais." ~Anne Shirley Cuthbert. A morte de uma criança de cabelos vermelhos; o nascimento de alguém que foi capaz de mudar a história; um sacrifício de últi...