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Shizune Katô era, sem dúvidas, um dos seres mais racionais de Konoha. Jonnin; líder de esquadrões; assistente da Hokage; médica e, o mais importante, mãe. Todos esses cargos fizeram dela ainda mais uma pensadora racional, já que ser prática e sangue-frio já eram traços de sua personalidade.
Não era como outros ninjas que muitas vezes agiam na emoção e tomavam decisões impensadas. Shizune era cautelosa.
Mas havia alguém que podia facilmente levá-la a cometer ações nem um pouco racionais. Esse alguém era seu filho adotivo.
Sai Katô.
Não estava em seus planos cuidar de uma criança; ela gostava de levar a vida sozinha, se dedicando 100% ao trabalho e não sendo responsável pela educação de alguém. Estava bem apenas puxando a orelha de Tsunade quando necessário, cuidando de feridos e vez ou outra saindo com amigos. Não precisava de mais nada.
Mas aos seus vinte e dois anos, depois do desmoronamento do prédio da ANBU NE, ela se viu encarando um par de olhos absurdamente negros.
Nunca soube ao certo o que a fez sentir interesse na criança pálida e perdida; mas desse dia em diante, sentiu a necessidade de proteger o garoto que havia passado toda sua vida em cativeiro. Centenas de crianças passaram pelo mesmo, mas a morena só tinha olhos para Sai.
Ele falava pouco; não era dos mais carismáticos e tão pouco se parecia com qualquer criança da idade dele, as circunstâncias com a qual viveu o impediam. Mas a Jonnin gostou disso; das respostas inteligentes, de sua incrível observação, inocência e sinceridade. Sai era reservado e jamais lhe daria trabalho.
Mas não foram essas qualidades que a fizeram o adotar, sabia disso. Era algo mais profundo, uma conexão de almas que jamais poderia ser explicada.
Era por isso que a criança tinha esse poder, de mexer de maneira absurda nos sentidos da mais velha, a colocando em uma situação que jamais se imaginaria. Como ser sensei de uma garota Yamanaka que nunca se quer havia reparado.
Também não sabia como seu filho a conhecia e o porquê de ter tanto interesse de torná-la sua pupila, mas acabou sendo ridiculamente manipulada a isso. Agora lá estava ela, encarando olhos azuis que tremiam de medo.
É claro que a loira havia aceitado a proposta, as finais estavam chegando e ela - como Sai havia instruído - não possuía ninguém para lhe orientar. Só não imaginava que fosse a pessoa perfeita para treinar a jovem.
Não devia esperar menos da excelente percepção do jovem ANBU. A de tê-la manipulado a agir sem pensar, ele jamais a colocaria em uma situação sem sentido.
- Então quer dizer que possuí vasto conhecimento em ervas venenosas? - Shizune perguntou, já mais calma; estava tendo uma conversa interessante e esclarecedora com Ino, obtendo informações para saber exatamente o que deveria ensina-la.
- Sim... é um estudo ressente. Depois de observar uma luta durante as preliminares, eu descobri que poderia ser uma boa estratégia para mim.
- Foi uma ótima idéia, levando em conta que já é familiarizada com plantas venenosas...
- Mas queria fazer isso de forma diferente, mais inovador e surpreendente do que apenas utilizar uma kunai coberta de paralisante!
- Sai, como diabos sabia disso? - Cochichou para si mesma, surpresa pela revelação.
- Como?
- Ah? Não é nada... - sorriu amarelo - Apenas estava pensando que sou a pessoa certa para te orientar... certa até demais.
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Naruko Uzumaki| Livro I
FanfictionLivro I da série "Um Efeito Borboleta". "As meninas podem fazer tudo o que os meninos fazem e mais." ~Anne Shirley Cuthbert. A morte de uma criança de cabelos vermelhos; o nascimento de alguém que foi capaz de mudar a história; um sacrifício de últi...