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— Eu não preciso dessa droga! — Naruko se revoltou quando mais uma vez ela caiu na água e encharcou suas roupas.
Jogou o casaco laranja e a camiseta branca longe, permanecendo apenas de top preto e o shorts da roupa rotineira. Foi nesse momento que Jiraya notou um selo, que supostamente era de Orochimaru, sobre a barriga dela.
— Filha, venha até aqui.
— Não vai dar não, velho. Quero terminar isso logo pra treinar alho que seja legal. — O Sannin revirou os olhos, ela era uma garotinha um tanto chata.
— O que vou fazer vai te ajudar a dominar essa técnica mais rápido — a de olhos azuis sorriu e se apressou para se aproximar — levante seus braços.
Assim a Uzumaki fez, olhando-o curiosa. Jiraya então aproximou suas mãos da barriga dela, desfazendo o selo das cinco partes, que foi um processo um pouco dolorido já que a loira gritou e caiu no chão abraçando seu abdômen.
— O que foi que você fez? — Choramingou em posição fatal.
— Apertei um ponto de pressão que te relaxa, apenas vá e tente andar sobre a água novamente. — Mentiu sorrindo descaradamente.
Mas assim como tinha previsto, a gennin facilmente caminhou sobre o lago dessa vez.
— Hã!? Eu não entendo... mas parece que funcionou! — Ela comemorou com um grande sorriso.
— Muito bem! Agora vou te ensinar uma técnica especial!
A animação da Uzumaki triplicou. Desde o tempo de academia que ela espera aprender algo realmente forte, e agora, graças ao Sannin, finalmente teria um jutsu assim em seu arsenal.
Estava cansada de clones e jutsu de substituição. Queria alho grande.
— Primeiro é necessário que você entendenda algo. Você tem dois tipos de chakras. Alguma vez sentiu um chakra especial?
Ela ponderou.
— Agora que mencionou... há vezes em que sinto meu chakra mais forte. Apesar de eu não me lembrar muito bem. É difícil de explicar, mas se fosse colocar isso em cores, diria que meu chakra comum é amarelo... mas nesse momentos, ele fica vermelho.
— Muito bem. Já está ficando tarde, vamos para casa, deixaremos a diversão para amanhã.
O caminho até a casa das Senjus foi carregado de protestos da parte de Naruko, que o insultava ferozmente por ter mentido pra ela. Não queria esperar até amanhã.
Maldita hora em que ela o agradeceu por começar a ensinar algo legal para ela. Se arrependia até a última gota de chakra.
Mas depois de um tempo acabou desistindo e tagarelando sobre o que comeriam no jantar; ela estava cansada e morrendo de fome. O treinamento havia lhe esgotado e só percebera agora.
— A comida da vovó é uma delícia, não sei como você consegue sobreviver sem as marmitas dela.
— Quando nos casamos ela mal sabia preparar o arroz corretamente. — Gargalhou.
— Se ela o ouvir falando assim, será um homem morto. — O acompanhou na risada.
— Mas eram bons tempos... eu nunca fui muito presente por conta das missões, mas ela lidava com tudo tão excepcionalmente bem que só me sobrava suprir os custos. Me senti inutil por muitos anos, mas a vila precisava de mim, e isso garantia a segurança delas, então me contentava.
— Elas não sentiam sua falta?
— Mahina sempre foi uma criança compreensiva, e a academia e brincadeiras tomavam bastante de seu tempo e pensamentos; os presentes que eu trazia quando a visitava bastava pra ela se sentir amada e saber que eu nunca me esqueceria dela. Já Tsuande, nos trocamos bastante cartas e ela tem Mahina que se parece muito comigo desde a infância, é uma forma de se consolar.
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Naruko Uzumaki| Livro I
FanfictionLivro I da série "Um Efeito Borboleta". "As meninas podem fazer tudo o que os meninos fazem e mais." ~Anne Shirley Cuthbert. A morte de uma criança de cabelos vermelhos; o nascimento de alguém que foi capaz de mudar a história; um sacrifício de últi...