Capítulo 29

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Passamos o dia evitando um ao outro e isso está me matando

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Passamos o dia evitando um ao outro e isso está me matando.

Antes de Tony sair para passar o final de semana na casa da mãe, veio falar comigo. Perguntou se estava tudo bem e, inteligente e perceptivo como é, disse que Dean tinha retornado pouco depois, parecendo triste. Aquilo partiu meu coração.

Dean, Zack e Scott passaram o dia na praia, e eu fiquei me remoendo de ciúmes, pensando em todas aquelas garotas de biquíni olhando para o meu Dean, e Zack como o diabinho em seu ombro o incitando a aproveitar.

Angel passou a tarde comigo, acabei desabafando com ela, pois estava me sentindo extremamente culpada.

- A única coisa de que você deve se arrepender é de ter expulso ele do seu quarto. - Ela dissera. - Dean estava lá, amiga, disposto a te ajudar. Mas como sempre, você se fechou para ele.

Mas o que eu podia fazer? Contar a ele toda a verdade?

Segundo Angel, sim, era exatamente isso o que eu deveria fazer. Dean merecia saber que nunca me relacionei com ele porque meu pai me proibiu expressamente de fazer isso.

Agora, já está de noite. Angel foi para o quarto com Scott para "ver uma série" (fala sério, todos sabemos que isso é uma desculpa para transar). Tony está dormindo na casa da mãe e Zack avisou que não voltaria, pois passaria a noite na casa de uma garota que conheceu na praia.

E eu estou aqui, me remoendo, pesando pós e contras, remexendo no laço do meu short de pijama.

Olho no celular, na esperança de ter uma mensagem de Dean, mas não há nada. Espio a hora, falta pouco para dar meia noite. Largo o celular e me reviro na cama, mas não consigo dormir.

Soltando um suspiro, chuto os lençóis e me levanto.

- Foda-se, preciso falar com ele.

Saio do meu quarto na ponta dos pés e vou até o quarto de Dean, batendo três vezes na porta.

Merda, eu nem sequer pensei se ele estaria dormindo ou não...

Alguns segundos se passam até que Dean abra a porta. Ele franze, o cenho olhando-me na sua frente.

- Alice...

- Oi... - Tento não desviar os olhos dos seus, mas não dá. Ele está seminu, e meu olhar é atraído por seu peitoral e abdômen. - Te acordei? - Volto a olhar seus olhos.

- Ah... - Coça a nuca. - Não... estava lendo.

Sorrio, meio sem graça. Droga, olha o que esse garoto faz comigo!

- Podemos conversar?

Ele acena e se afasta para que eu entre, fechando a porta em minhas costas e voltando para sua cama.

Olho em volta do quarto, que é o maior da casa e possui quatro camas de solteiro. Ou possuiria, se Zack não tivesse esse arrastado a cama livre para formar uma de casal para ele. Como Eu sei que é a de Zack? A de Tony está devidamente arrumada.

- Estou ouvindo. - Dean dá de ombros, olhando a porta.

Suspiro, abraçando meu próprio corpo e fechando os olhos com força.

- Sinto muito por ontem à noite. Não deveria ter pedido pra você sair. Fui grosseira e mal educada, e me arrependo até o último fio de cabelo.

- O quarto é seu e entra quem você quiser nele. - Ele cruza os braços, se encostando na parede ao lado da cama - E não precisas ficar arrependida, foi bom ter ido embora.

- Bom? - Arregalo os olhos para ele. - Como assim bom?

- Provavelmente iriamos discutir mais ainda... evitamos algo pior assim. - Dá de ombros, olhando finalmente na minha direção.

Solto outro suspiro.

- Mesmo assim, te devo desculpas... Não fui justa com você. Você... Me perdoa?

- Claro. - Ele sorri e eu derreto. - Veio aqui só para isso?

- Bom... Eu pensei que a gente poderia continuar de onde paramos noite passada...

- Alice... Eu falei que te queria ajudar e quero,  mas você sabe que gosto de você... E provavelmente você não vai querer mais nada depois de ser "curada" e preciso pelo menos me mentalizar disso, entende? - Suspira. - Quando eu estiver pronto para isso eu bato na porta do seu quarto. Pelo menos me deixa mentalizar de que isso é apenas de ajuda que você precisa.

Mordo o lábio. Que droga, eu realmente não consigo expressar o que sinto por ele?

"Fique longe de Dean Guzman, filha. Ele é filho do meu parceiro de negócios e se as coisas acabarem mal entre vocês, nossa parceria pode sair prejudicada."

Cresci ouvindo isso do meu pai. Mas sabe o que dizem, em sentimentos não se manda...

- Eu preciso confessar uma coisa pra você... - Caminho e me sento na ponta da sua cama, mantendo certa distância entre nós.

- Então fale, Alice... - Ele olha em meus olhos e eu engulo em seco.

- Sou apaixonada por você desde que tínhamos 14 anos... - Confesso, sem desviar os olhos dos seus, querendo que ele veja no fundo da minha alma que isso é verdade.

Bad boy | Livro 2 - The SecretOnde histórias criam vida. Descubra agora