Bad boy | Livro 2 - The Secret

Capítulo 38

Chego na casa de malibu e vejo todos sentados na sala, rindo sobre algo aleatório.

Estou um pouco curioso com a Alice. Ela ainda não está aqui e mal se despediu de mim, ou mandou mensagem. Apenas pediu para meu pai avisar-me que ia ter que resolver uns assuntos.

Estranho? Sim, muito.

Ando até meus amigos que sorriem para mim e deixo minha mala no sofá.

- Bom dia, fodalhão! - Zack ri e reviro os olhos me sentando no sofá.

- Tudo bem, mano? - Tony sorri para mim.

Parece que finalmente ele voltou para cá. Estava mesmo vendo que ele demorou um tempo a mais lá e admito que se não estivesse tão preocupado com a Alice, perguntaria se ele ficou de brincadeira com a irmãzinha nova. (Pois para quem nem queria ir, demorou bastante tempo.)

- Estou bem. - Sorrio forçadamente e olho para a Angel. - Alice falou com você?

Minha melhor amiga franze o cenho e olha para todos nós. (Isso parece-me como um não.)

- Como assim? Ela não estava com você na casa do teu pai. - Suspiro e aceno.

- Sim estava, mas quando eu acordei ela já não estava lá e o meu pai disse o que ela mandou avisar: "tenho um assunto para resolver". - Suspira. - Mandei mensagens e nada.

- Alice não costuma fazer isso... - Ela fala e olha para o Scott. - Quando foi no nosso quarto ver se o meu celular tinha alguma mensagem da minha avó, tinha algo da Alice?

- Não, estava limpo. - Dá de ombros.

Suspiro e pego meu celular para mandar outra mensagem.

[Mensagem On]

Dean: Olá, princesa. Sou eu de novo.

Dean: Me dê alguma notícia.

Dean: Te amo.

[Mensagem Off]

Coloco o celular de lado e escuto a voz do Zack.

- Vai ver ela foi pegar os papéis do divórcio. - Reviro os olhos e olho para minhas mãos. - É sério, ela pode apenas querer respirsr. Deixem a garota.

Nesse exato momento ouvimos o barulho para porta de entrada sendo aberta com as chaves e me levanto indo a seu encontro.

Alice.

- Princesa. - Suspiro aliviado. - Onde estavas metida? Estava preocupado.

- Oi... - Ela se desvia de mim e eu abro a boca sem entender. - Angel está em casa?

Franzo o cenho e caminho novamente na sua direção.

- Está... mas o que se passa? - Levanto seu rosto na minha direção. - Eu fiz algo errado?

- Não. - Desvia seu olhar do meu e percebo logo que algo está realmente errado e é sério. - Você não fez nada. Eu... Só preciso falar com a Angel.

- Sabe que pode falar comigo, certo? - Acaricio sua bochecha. - Eu sou seu namorado... me preocupo com você.

Ela pisca algumas vezes, olhando em meus olhos.

- Não podemos mais ser namorados. - Solta-se de uma vez e meu coração erra uma batida.

Rio na sua cara, tentando levar suas palavras na brincadeira. (Ela é tão engraçada.)

- Certo. - Rio mais. - Onde estão as câmeras? - Olho em minha volta, procurando as tais câmeras.

- Não é piada, Dean. - Ela diz, sem sorrir, me fazendo parar de rir e fixar meu olhar em seus olhos.

- Aí não? - Levanto uma sobrancelha. - Então me dê uma razão para não podermos estar juntos!

A mesma morde o lábio e desvia seu olhar do meu.

- Não quero mais. - Deu de ombros. (Mentira...)

- Porque? - Levanto seu rosto na minha direção. - Olha nos meus olhos e fala que não quer mais nada comigo.

- A gente não vai discutir sobre isso. - Olha para a sala pelo lado do meu corpo, na direção dos nossos amigos. - Só... Não torne isso mais difícil.

- Tudo bem! - Pego sua mão e subo as escadas, ignorando os olhares nas nossas costas.

- Porra, Dean. - Suspira.

Abro a porta do seu quarto e fecho ela à chave olhando fixamente para ela.

- Estamos sozinhos. - Ando até ela. - Diga nos meus olhos que não quer ser minha namorada agora!

Vejo ela engolir em seco e desviando novamente o seu olhar.

- Não podemos continuar com isso.

Algo se passa aqui. Essa não é a minha Alice. Não é a garota pela qual me apaixonei desde miúdos. Não é ela.

- Porquê? - Procuro seu olhar novamente. - Tem que me olhar nos olhos, Alice.

- Não posso. - Vira de costas para mim. - Não posso fazer isso, tá legal? Não dá!

- E tudo aquilo que você me falou antes? - Me aproximo de seu corpo. - Preciso saber o porquê disso. Só assim conseguimos falar e concertar seja lá a porra que tá acontecendo.

- Não dá pra concertar isso, Dean... - Ela funga. - Sabe porquê eu não tinha ficado com você antes? Meu pai me proibiu. E agora... - Nega com a cabeça e não diz mais nada.

- Porque seu pai iria proibir nossa relação? - Viro ela para mim. - Termina de falar, porra.

Ela me olha em nos olhos, deixando as lágrimas caírem.

- Porque você pode ser meu irmão...

Franzo o cenho e encaro seus olhos.

- Que porra estás a falar? Irmãos? Como poderias ser minha irmã? - Nego com a cabeça.

- Eu acabei de falar com meu pai... Com... Nosso pai... Sei lá! - Abraça o seu próprio corpo, enquanto o meu cérebro entra em curto circuito. - Ele me falou que teve um caso com a sua mãe e que logo depois ela apareceu grávida. Nunca souberam se você era de Marcus ou dele. - Fecha os olhos, impotente. - Ele disse que eu não devia dizer nada para você.

- Porque estás mentindo? - Me afasto dela sem acreditar. - Isso é horrível, Alice... uma coisa é falares que não me amas o suficiente para estarmos juntos, outra muito diferente é inventar tal babaquice.

- Não estou mentindo. Queria que fosse mentira, mas vi nos olhos do meu pai que ele realmente acredita que você é filho dele. Podemos ser... - Balança a cabeça e aperto os meus lábios. - Porra, não consigo nem dizer a palavra.

Nego com a cabeça e ando até à porta.

- Isto não pode ser verdade! - Abro a porta e saio do quarto rapidamente ignorando a voz da Alice atrás de mim.

Entro no meu carro e saio catando pneu da sua casa, acelarando na direção da casa do pai da Alice.