Capítulo 2

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Uma garota não muito abaixa, de cabelos que pareciam ser enrolados e com roupas furadas em algumas partes que estava de costas para a porta que ficava no final do corredor, virou-se surpresa, segurou a mulher tapando a boca dela e apontando a arma na cabeça dela. Connor chamou reforços pelo seu sistema.

- Larga a arma - falou Hank tentando parecer calmo.

Connor a analisou.

Nome: Scott, Charlote

Nasc.: 06/01/2020

Antecedentes Criminais: Não

A garota parecia nervosa e olhava bastante para uma porta que dava até a rua. Connor percebeu isso e se preparou antes que ela pudesse fazê-lo. Checou a tensão dela, percebendo que estava muito alta. Pensou em como seria a sua abordagem e em como deixaria a menina mais calma. Decidiu dar um passo a frente.

- PARA TRÁS, OU ENTÃO EU ATIRO NELA! - gritou a garota, fazendo os dois policiais tomarem um susto. Connor percebeu que a tensão dela só aumentou com seu avanço, então recuou como ela pediu.

A mulher que ainda estava com a garota chorava, fazendo o ambiente ficar ainda mais tenso. Hank pensou em fazer algo, mas o que faria? A garota estava disposta a atirar naquela mulher, dava para ver em seus olhos. Por um estante, tudo ficou calado até se ouvir o barulho de sirenes, fazendo a menina ficar assustada.

- Solta ela ou as coisas podem ficar piores pra você - disse Hank ainda apontando a arma pra garota.

A garota pensa melhor, concordando que não adiantaria fugir, fazer aquela mulher de refém ou mata-la,. A garota solta ela e põe a arma no chão. Hank guarda a arma e vai até a garota que estava com as mãos na cabeça, pega as mãos e as põe nas costas dela apenas para leva-la, já que não estava com as suas algemas. Levou-a até uma das duas viaturas que tinham chegado e Connor tentava acalmar a mulher que não parava de chorar e falar que havia mais. Connor não entendeu, mas levou a delegacia para prestar queixa sobre.

Ao chegarem na delegacia, os policias que levaram Charlote botaram ela em uma das celas. Quando Hank e Connor chegaram, o capitão os tinha chamado.

- Nem na sua folga você tem paz, hein Hank - disse Fowler num tom engraçado fazendo Connor rir.

- Pra você ter uma ideia - disse Hank sentado em uma das cadeiras de frente a Fowler.

- Eu os chamei aqui por que vocês foram os que ficaram com os casos envolvendo androides, mas agora é ao contrário. Os grupos de humanos anti-androides cresceram após a revolução dos divergentes e matando na espreita da noite. Também houve uma denuncia de que eles pegam as peças deles e somem com elas.

- É, parece que o bandido agora é outro - disse Hank rindo sarcástico, fazendo Connor o olhar sem entender.

- Sabe se tem alguma digital? Isso poderia ajudar - perguntou Connor ignorando o que Hank disse.

- Não, não parecia ter nenhuma digital, por isso eu queria que vocês ficassem com o caso. Sei que te dei uns dias de folga no dia da revolução Hank, e você ainda vai ter esses dias, mas primeiro peço que cuide daquela garota e do caso - falou Fowler pacientemente.

- E quem disse que eu vou fazer isso? - falou Hank cruzando os braços.

- Não comece Hank, já disse que vou te dar seus dias de folga, é só terminar o caso o quanto antes.

- Mas que caralho, hein - disse Hank saindo da sala sendo acompanhado por Connor.

Hank começou a ficar irritado pela menina aparecer naquele dia e aqueles malditos anti-androides, fazendo Connor perceber que aquele dia seria recheado de mau humor.

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