Capítulo 32

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Reed deu o último gole em seu vinho, olhando para o irmão em seguida.

- Somos apenas parceiros de trabalho.

- E de quarto - Kamski disse, pondo mais vinho para o irmão.

- Como sabe disso? - perguntou, confuso.

Ele não tinha contado aquilo para ninguém, e Bryan tinha jurado não contar.

- Bryan tem uma configuração especial - disse, se virando para o irmão - Quando estava ajudando Markus a "acordá-lo", eu já tinha na cabeça que ele teria que ser seu parceiro e de mais ninguém. Por isso, coloquei no seu sistema que deveria reportar tudo que você fazia para mim, como se fosse um relatório que esse tipo de androide fazia para a delegacia.

- O que você quer dizer com isso?

- Meu Deus... - bufou - Bryan ainda tem um "dono". Ele ainda obedece as minhas ordens, como por exemplo, te ajudar a fazer algo.

Naquele preciso momento, Gavin se lembrou dos beijos que eles trocaram, do jeito que ele o tratava como a mãe... Isso tudo por causa do irmão.

- Eu sei dos beijos, Gavin. Sei de tudo que aconteceu entre vocês.

Reed, nervoso e talvez magoado com irmão, largou a taça no chão, se levantando e indo em direção a porta de saída. Mas algo o fez parar, antes que pudesse chegar perto da mesma.

- Mas que porra é essa?

~//~

Casa de Hank

Bryan parecia bem preocupado com o parceiro de trabalho, tanto que sua têmpora intercalava entre amarelo e vermelho rapidamente.

- Você tá parecendo uma árvore de natal com essa coisinha piscando - Charlote disse, sentada do seu lado.

Ele nem tinha percebido que a mais nova estava sentada ali. Gostaria de esconder aquilo, ou Connor viria perguntar algo de novo.

- Não me diga que é por causa do cara que estava aqui? - perguntou, tomando um gole de refrigerante.

- Detetive Reed. Ele se chama Detetive Reed.

- Desculpa, meu senhor. Espero nunca errar o nome dele de novo - zombou - Pelo jeito, é sobre ele mesmo, não?

- Não quero falar sobre isso.

- Se não falar comigo, Connor virá falar com você. Qual é! Fala comigo.

Bryan olhou para Connor dançando com Hank, voltando o olhar para a mais nova em seguida.

- Sim, é sobre ele, Sherlock.

- Quem é esse? - perguntou, confusa - Deixa pra lá. Aproveite que Connor está distraído.

- Acho que tenho um erro no meu sistema. Suponho que são muito além da minha compreensão.

- Não use palavras difíceis, sabe muito bem que eu não sei o que elas significam.

- Coisas que eu não entendo - explicou.

- Assim parece melhor - deu um outro gole no refrigerante e continuou - Diga o que está sentindo. Talvez, eu consigo te ajudar.

O androide pensou por um instante, concordando com ela.

- Não sei por qual motivo, mas com essa demora do Detetive Reed sobre as ruas, me dá uma preocupação.

Charlote largou o copo em algum lugar, levantando os dois punhos, sendo que um deles com o dedo indicador levantado. Bryan não entendeu, porém, continuou.

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