- Me dá a arma agora! - o primeiro falou.
- Se vier pra cima da gente, eu atiro - Charlote disse.
- Você sabe que se atirar, você pode ser presa de novo, né? - Connor sussurrou perto do ouvido dela - Não vá cometer outro delito.
- Não é a minha intenção, mas se eles vierem não vão receber outra coisa ao invés de tiros.
Charlote, que mantinha o olhara para os rapazes a sua frente, olhou de relance para Connor, o vendo sem o capuz do moletom. Tentou puxar o capuz de volta para a cabeça de Connor, mas já era tarde demais, os rapazes já tinham visto.
~//~
Hank, cansado por ter brincado com Sumo praticamente o dia inteiro, olhou o relógio e decidiu que era o horário de voltar para casa.
- Sumo! Vamos garoto, temos que ir pra casa. Com certeza Connor e Charlote já devem estar em casa - falou consigo.
Sumo, coberto de neve, correu de volta ao seu dono e o mesmo pôs a sua guia de volta. Só de se abaixar, as costas de Hank reclamavam, o fazendo uma careta de dor.
- É, eu já não sou tão novo.
Se levantou direito, pegando a guia de Sumo e seguindo o caminho de casa, porém, indo por um lugar diferente.
No caminho, a rua estava deserta, de vez em quando passavam alguns carros ou caminhões. Num certo ponto do caminho, ele viu um movimento um pouco distante de onde ele estava. Por um momento, jurou que estava delirando por conta do cansaço, só quando ouviu um tiro.
- Isso é tiro? - pensou alto.
Sem pensar duas vezes, ele saiu correndo até onde ouviu o tiro, sem dar a mínima para as dores nas costas.
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- Então quer dizer que seu pai, que tem câncer, é um androide? - um dos homens, com um porrete na mão, falou.
Os homens iam chegando mais perto dela e de Connor, quando ela deu um tiro um pouco acima da cabeça deles como um aviso. Quem visse de longe, certamente acharia que tinha acertado um deles.
Antes que alguém fizesse algo, ouviram alguém gritando e correndo na direção deles.
- PARADOS, POLÍCIA DE DETROIT.
Charlote e Connor reconheceram na hora que era a voz de Hank. Olharam para trás a fim de encontrá-lo, mas ao virarem, Sumo passou entre eles, os derrubando, e correndo atrás dos homens.
- Obrigada Sumo, estava mesmo querendo um banho de neve.
- Charlie? Connor? - perguntou assim que chegou mais perto deles - O que vocês estão fazendo aqui?
- Comer um lanche que não foi, né Hank.
- Charlote não é hora pra fazer piadas, eu estou falando sério. Tinha pensado até que vocês estavam em casa.
- A gente já tava indo, mas esses homens apareceram e nós pararam, sorte que Charlie percebeu que eles eram anti-androides e falou para pôr o capuz.
- É, eles iam tentar matar o Connor e tentar me estuprar.
- Ah mas eu mato esses filhos da puta - disse, tentando ir atrás dos homens mas sendo impedido pelos mais novos.
- Depois a gente vê isso, além do mais, você não conseguiria correr atrás deles, se nem o Sumo conseguiu.
Ela disse depois que olhou para onde Sumo tinha ido, o vendo voltando correndo.
- É melhor a gente ir, eu tô cansada, você deve tá e o Sumo parece estar com sede.
- Tá, mas cadê o carro? - Hank perguntou.
- Ele tá alí atrás - Connor respondeu.
Os três, e Sumo, foram até onde o androide tinha mostrado, encontrando o carro e logo entrando nele. Depois de terem entrado, Hank arrancou com o carro e foram direto para casa.
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Ao chegarem, Charlote é a primeira a sair com Sumo do carro correndo para abrir a porta sendo acompanhada pelos outros mais velhos. Após entrarem, Charlote vai direto para o banheiro se trocar, enquanto os mais velhos ficam na sala em silêncio, logo sendo quebrado por Hank, que estava sentado.
- Connor?
- Fala, Hank - Connor falou se sentando ao lado de Hank.
- O que que eu disse pra você?
- Do que você tá falando?
- Eu falei pra você que era pra voltar cedo pra casa, não falei?
- Eu já te expliquei o que aconteceu, não vou discutir com você sobre isso.
- Tá bom, eu também não quero discutir, eu tô cansado demais pra discutir.
Assim que Hank terminou de falar e se levantou, suas costas reclamou de novo e ele resmungou de dor.
- O que aconteceu com você?
- Eu fiquei brincando com Sumo o dia todo, com isso as minhas costas estão doendo.
Charlote sai do banheiro com Sumo pulando em cima dela.
- Por que o Connor não faz uma massagem nas suas costas?
- Eu não sei fazer isso, Charlie.
- Nada que a internet possa ensinar.
- Tudo bem, eu vou procurar sobre.
- Enquanto isso, o Hank fica no quarto te esperando e eu vou dormir que eu tô cheia de sono. Vem, Sumo.
O cachorro correu em direção o sofá, ficando com Charlote e Connor procurando no computador de Hank alguns videos de massagens.
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Depois de um tempo, Connor tinha visto vários videos e achou que já era o suficiente. Levantou e foi em direção ao banheiro se trocar para depois ir ao quarto. Após ter se trocado e ter ido para o quarto, Connor viu Hank dormindo descoberto e sem blusa, "deveria estar esperando pela massagem", pensou. Olhou para o criado-mudo e viu um creme ali, pôs um pouco na mão e passou nas costas de Hank, o que o fez disperta de seu sono por causa do creme gelado.
- Pô Connor, podia ter me acordado antes de passar esse bagulho gelado nas minhas costas.
- Me perdoa, não tinha percebido.
Connor se senta em cima da bunda de Hank e começa a fazer a massagem, como ele tinha visto nos videos. Enquanto Connor o massageava, Hank resmungava.
- Eu tô te machucando?
- Não, tá bom. Muito bom.
Um tempo depois, com Connor ainda fazendo massagem, Hank acaba adormecendo de novo. O mais novo sai de cima dele, cobre o mais velho e se deita ao lado dele afagando os cabelos dele. Depois de passar um tempo fazendo carinho em Hank e o observar, Connor decide dormir também.
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Durante a semana, Connor levava Charlote até a igreja abandonada, voltava para casa e ia, junto com Hank, ir para a delegacia. Enquanto trabalhavam, eram zombados por Reed, o que já era de se esperar, e voltavam no fim da tarde e Connor ia buscar Charlote e falava o mínimo com Markus e assim a semana seguia.No domingo...
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We're A Familly Now
FanfictionDepois da revolução dos androides, Connor vai morar na casa de Hank. Com o tempo, os dois começam a olhar de forma diferente um para outro, fazendo com que além de seus casos e lidem com seus sentimentos. *EM REVISÃO*