Capítulo 39

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Connor a olhou com os olhos arregalados.

- Como é que é?

- Reed viu vocês dois dançando.

Hank acabou acordando com os movimentos de Connor.

- O quê que foi? - ele perguntou, esfregando as mãos nos olhos.

Mas os dois nem deram a mínima para ele, continuando a falar sobre o acontecido.

- Como eles nos viram? Nós nos afastamos da festa.

- Eu os levei até vocês.

- E por quê você fez isso? - Connor perguntou, se levantando e cruzando os braços.

- Alguém pode me explicar o que tá acontecendo? - Hank perguntou, começando a ficar irritado.

- Gavin sabe sobre nós dois.

- Quê?! Como?

- Ela contou para ele.

- Charlie! - ele se vira para ela, bravo.

- Calma aí. Eu posso explicar.

- Pois, então, se explique.

Ela se movimentou na poltrona, fazendo o cachorro se levantar de seu colo. Respirou fundo e começou:

- Pra resumir, Reed sente uma atração por Bryan, mas não achava possível que um humano e um androide tivessem relações. Por isso, eu os levei até vocês.

- Como sabia onde estávamos? - Connor perguntou.

- Peraí, Connor. De tudo que ela disse, foi isso que você prestou atenção? - Hank perguntou, mais calmo - Como assim "Gavin tem uma atração por Bryan"?

- Ele gosta do Bryan, ora, da mesma forma que vocês se gostam.

Os dois se olharam, espantados, sem acreditar que Gavin poderia gostar de um androide.

- Você realmente tá falando do Gavin? O Detetive que veio de Chicago? Irmão do Kamski? Que nos zomba sempre que nos vê juntos? - Hank perguntou.

- Sim, o mesmo.

~//~

Hotel

Ao chegarem no hotel, Markus vai até a recepção enquanto Simon decide se sentar e esperar até que ele volte.

- Boa noite, como posso ajuda-los? - disse o atendente.

- Boa noite. Eu tenho uma reserva no meu nome.

O androide o olhou, sabendo quem ele era e procurou no sistema do hotel.

- Oh sim, o senhor que fez a reserva do quarto de noite de núpcias.

- Exatamente.

- Achei que pelo senhor não ter ligado dias atrás para confirmar a reserva, imaginei que não teria se casado - gesticulou, saindo de trás do balcão - Sorte que ninguém reservou. Bom, queira se juntar com sua companheira e acompanhar Joseph, nosso camareiro.

Markus preferiu não mencionar que não era uma esposa, mas sim um esposo, indo até Simon, o chamando para se juntar a ele e ir até o quarto.

- Os senhores não tem bagagens? - Joseph perguntou, os direcionando até o quarto.

- Não, nós passaremos apenas esta noite aqui e depois nós vamos viajar - Markus respondeu, segurando a mão de Simon.

- Isso é incomum - riu - Bom, aqui estamos.

Ao abrir a porta do quarto, eles deram um passo a frente e observaram todo o local, cama com os lençóis mais macios que nenhum dos dois nunca vira, dois roupões pendurados em ganchos próximo ao banheiro e uma linda vista do centro Detroit.

- Uau - Simon indagou. - Isso é maravilhoso.

- Com certeza, é sim - Markus disse, o abraçando por trás.

Ele pensou em se virar e agradecer ao camareiro, mas ao ouvir o barulho da porta, ele desistiu. Sem hesitar, ele começou a beijar o pescoço do outro, que fechava os olhos. Simon se virou para o parceiro, o beijando adequadamente, enrolando os braços em volta do pescoço do moreno. A cada passo que o beijo se aprofundava, os dois iam tirando suas peças de roupa, exceto por suas boxers.

Markus pegou Simon no colo e se sentou com ele na cama, o beijando e o fazendo rebolar em cima da sua ereção. Quando já não aguentava mais, o moreno o jogou na cama, beijando seu peito nu, enquanto o loiro passava a mão pela sua cabeça. O moreno foi descendo, fazendo uma trilha de beijos no peitoral até a barra da boxer do outro, parando apenas para puxar o item com os dentes.

- Markus... - ele gemeu, quando o outro começou a masturbá-lo e a dar leves chupadas em seu pênis.

- Shiii...

O moreno se levantou e tirou sua boxer, se deitando do lado do loiro e indicando que ele fizesse o mesmo. Após um tempo, Markus o fez ficar de quatro na cama e o penetrou devagar, o fazendo gemer alto, mas aquilo não o fez parar. Ele estava com tanto desejo sobre o outro, que começou a estocá-lo mais fundo, e a beijá-lo para abafar os gemidos. O loiro segurava os lençóis, mordia os beiços e se masturbava, já que Markus estava segurando sua cintura na tentativa de ir o mais fundo que podia, chegando próximo a sua próstata.

Quando os dois chegaram ao ápice, Markus caiu em cima dele, cansado.

- Desculpa - ele disse com a voz ofegante, saindo de cima dele e se deitando na cama.

- Pelo quê? - o loiro perguntou, confuso, se virando para olhá-lo.

- Por ser muito precoce.

- Por rA9, Markus, nós dois nos satisfazemos. Não se culpe, sim? - falou, passando a mão no rosto dele, o fazendo concordar.

Não se passou muito tempo até que Markus adormecesse com o carinho e logo Simon seria o próximo.

~//~

Casa de Reed

Os parceiros tinham chegado em casa já tinha um tempo e estavam sentados um em casa sofá. Desde que Reed descobriu a relação de Connor e Anderson, ele não ousava dizer nada com o androide.

Apesar de sempre zombar dos companheiros, ele nunca iria imaginar que eles iriam se relacionar de verdade.

- Acho que eu vou me trocar e... - Bryan tentou falar, mas foi interrompido.

- O que você disse é verdade? - Gavin perguntou.

- O quê?

- Sobre você gostar de mim?

- Nunca iria brincar com sentimentos. Além do mais, os seus.

- Você sabe que se tentássemos alguma coisa, iria ser difícil.

- Por quê?

- Você nunca se relacionou e a única vez que me relacionei, eu fui punido.

- Punido? - perguntou, surpreso.

- Sim. Acho que era pela pessoa não ser do gosto dele - falou.

Pela cara que Bryan tinha feito, Reed percebeu que ele não estava entendo muito. Ele bufou e pensou se contaria ou não sobre algo que ele esteve pensando desde do casamento daquela tarde.

- Olha, Bryan, tem algo que eu queria te contar.

- É algo relacionado a essa punição? - perguntou, se recostando no sofá.

- Sim. Quando eu era mais novo, bem mais novo que aquela garota, eu comecei a gostar de uma pessoa. Com medo do meu pai não gostar dessa pessoa, eu escondi esse relacionamento dele e ficou bem escondido por meses. 4 meses, para ser exato - disse, dando um meio sorriso ao se lembrar - Mas então, ele descobriu, até hoje não sei como, e me puniu.

- De te espancar?

- Não... Mas algo que me fez ter traumas - falou, olhando para as mãos. - A pessoa por quem me apaixonei, era um menino. Albert, o nome.

A principio, Bryan não parecia surpreso, na verdade, ele já esperava, mas não esboçava nenhuma feição, esperando que ele continuasse a desabafar.

- Só por isso, deve saber que ele era muito preconceituoso com a minha sexualidade. Por isso... - respirou fundo, tentando reunir palavras e exalando logo depois, com lágrimas brotando nos seus olhos - ...ele me forçou a transar com uma garota.

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