Twenty nine

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Eu estou sem força nenhuma, estou totalmente acabada, minha vontade agora é beber até morre, e fico mal por querer isso.

— Tá mais calma? — S/n pergunta, e entrego de volta o copo de água pra ela. Em seguida balanço a cabeça negando, a pergunta dela. — Vai passar, não vou sair daqui até você ficar melhor.

Suspirei, dizer tudo que aconteceu comigo em voz alta, que causo isso? Tudo isso foi muito pesado sim, eu tive uma recaída com a bebida, com as drogas, mas usei isso tudo, porque queria paz na minha mente, queria esquecer por uns segundos bêbada que eu sou uma cantora profissional, que eu tenho que ser magra e que eu não posso ficar com o amor da minha vida. Isso é muito difícil! É fácil dizer que não quero mais isso. É difícil quando tento colocar as coisas na mesa, pra organizar.

— Você ouviu tudo? — disse fraca pra S/n.

— Sim, mas não precisa falar sobre isso agora. Fica calma primeiro e depois conversamos. — suspirei.

A gente ficou ali por um tempo, eu perdida em meus pensamentos, ela tentando me distrair contando piadas ruins. Ela me contou que teve momentos muito ruins como esses na adolescência, seus pais brigavam muito, por conta de coisas que seu pai fazia, mas ela conseguiu sair disso e trabalha em Nova York de fotografa. E disse que quando ficava assim, só tinha uma alternativa que era chorar muito, eu sentir ela um pouco pra baixo contando isso, talvez tenha mais alguma coisa que não conseguiu dizer.

Em fim, ela está aqui comigo, me apoiando e e me ajudando a ficar bem, eu precisava disso mas não dizia que precisava, não chorava muito, nem desabafei com alguém que me entendia. Nick nunca me entendeu, descobrir da pior forma, ainda estou mal com isso. Ele nem se importou comigo, não me ligou nem perguntou se eu estaca bem. Mas tudo bem, eu tenho a melhor pessoa aqui do meu lado.

— Obrigada... — disse olhando pra ela, com os olhos ardendo, de tanto lacrimejar e chorar. Ela sorriu e acariciou meu rosto e encostou a testa na minha.

— Você ia pra reabilitação hoje? — ela duz calma.

— Sim, que horas é agora?

— Oito horas.

— JÁ! A gente ficou esse tempo todo aqui. — Meu Deus, nem me dei conta do tempo.

— Calma Demi, sua mãe ta na sala com Dallas e Madison, Max foi embora eu acho. — ela diz, me olhando.

— Vamos pra lá, quero ir pra reabilitação logo. — disse e ela saiu de cima de mim, eu me levantei, arrumei minha roupa, passei a mão no meu rosto, limpando as lágrimas.

Desliguei a camera, que ainda gravava, depois eu sei que vou estar melhor, e vou consegui ver esse video, sem ter gatilho pra nada! Por em quanto quero ficar off do mundo, se conectar comigo mesma, me entender melhor, não quero ouvir mais o nome do Phil nem do Nick, nem da Kelsey. Eu só quero ter minha família, S/n, Selena, Matthew, Sirah e Max, por perto.

Sei que tenho fãs, mas eles não precisam saber dessa fraqueza que eu tenho.

[...]

Estava a caminho da clinica, nunca quis tanto ir. Da última vez que fui, eu não queria ir e mais uma coisa, que eu praticamente fui forçada a fazer, pelo Phil. Eu não queria ir, mas ele dizia que era o melhor pra mim, ele tinha razão e eu fui, mas não queria ir.

S/n e Madison, estavam do meu lado o tempo todo, com as mãos grudada na minha. S/n sempre divertida, deixava o clima pesado no carro, mais leve, eu estava confortável ali.

— Toma. — Max disse me entregando um celular — é a Selena.

Tirei minha mão, da mão da S/n e peguei o celular, vi a Selena atravéz da tela.

— Oi vadia! — Selena diz e eu sorri.

— Oi. — disse.

— Eai? Tudo bem? — ela pergunta.

— Já estive melhor, mas não se preocupa. — disse, e sorri fechado.

— Tenha calma, vai ficar tudo bem. Eu não consigo ir ai agora por conta dos trabalhos, desculpa amiga... — balancei a cabeça negativamente, sorrindo — Mas! Assim que eu termina os shows de hoje, eu irei te ver, vou ter um tempinho curto, mas eu vou te ver! — pulei de alegria na minha mente.

— Ansiosa, quero muito ficar com você de novo. — disse virando minha cabeça para o lado.

Fiquei conversando, por um tempo com a Selena sobre coisas aleatórias. Ela não quis falar sobre o que aconteceu comigo, talvez por achar que eu não vou me sentir bem em falar isso, e é, vou me sentir pior.

Chegamos na clínica, onde eu ficaria por um tempo, até entender eu mesma, depois vou ir para uma casa isolada como se fosse uma segunda reabilitação. Não sei o que pode acontecer nesses tempos, só vou tentar me sentir bem com a ajuda que vou receber.

I love me • Demi with you [CONCLUIDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora