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Olho ao meu redor mais uma vez, procurando por alguém mas como todas as vezes não vejo ninguém, pelo menos por um tempo. Minha visão está turva e meu corpo não me obedece, não se levanta do sofá em que me encontro.

Abro a boca para falar algo, mas nada sai. 

– Ainda tentando despertar, minha querida? Venha, eu te ajudo a se sentar.

Sinto alguém chegando perto de mim e logo sua mão sobre meus braços, em minhas costas e por trás de meus joelhos e me ergue do sofá né colocando sentada em seu colo. Levo meu olhar até o rosto da pessoa em minha frente e fico o observando, ele é moreno e tem os olhos castanhos em um tom avermelhado.

Ele passa o dorso da mão direita em minha bochecha, tirando as madeixas loiras de seu caminho as colocando atrás da orelha e ergue meu queixo, fazendo-me olha-lo nos olhos.

– Como se sente hoje, querida?

Abro a boca para falar algo, mas nenhuma sílaba sai o que o deixa com um sorriso no rosto e confirma com um movimento de cabeça.

– Ótimo. Sabe o que está acontecendo com você ou seu nome?

Penso por um instante sem entender o que ele diz, mas quando ele passa o dedo em meu pescoço um calafrio passa pela minha coluna e eu concordo apavorada, com a cabeça.

"– O que você quer de mim, mais? Eu já estou aqui, você já tem meu sangue e está mais poderoso... mas mesmo assim, me mantém aqui presa. Por quê?"

Pergunto em minha mente, sabendo que ele estaria prestando atenção a tudo o que eu faria, até mesmo aos meus pensamentos. Sua expressão se fecha um pouco, ficando longe e escura, mas logo seus olhos se ficam em meu rosto e depois em minha mão direita, onde a segura.

– Você sabe o motivo. Sua família fez isso a você, não eu. O clã Osborne te deu esse destino, sem saber no que estavam se metendo quando fizeram um contrato com as duas famílias.

Sou ajeitada em seu colo e logo sinto sua respiração em meu pescoço, sentindo o aroma de meu sangue, uns instantes depois sinto sua língua e ouço sua voz baixa e metódica.

– Nada disso estaria acontecendo, se sua família e o clã não se mete-sem em meu caminho, Sarah.

Um grunhido me escapa ao ter suas presas em meu pescoço e ter meu sangue drenado por ele, apesar de me dizer tudo isso, não sei o que significa. E por enquanto nada disso me importa, a única coisa que me importa é conseguir me livrar dele e sair de minha consciência de uma vez por todas.

Aperto sua mão que está segurando a minha, e com um puxão de minha mente, com meus poderes que ele me ajudou a liberar sem perceber, lhe causo uma dor de cabeça devastadora, assim me soltando de si.

Viktor me olha irritado com a boca suja com meu sangue, que pinga em meu rosto e sinto sua mão em meu queixo o apertando e sussurra irritado.

– Você deve estar bem forte por ter conseguido me causar essa dor mental. Não se preocupe querida, ainda tenho planos para você.

Ele se levanta comigo em seu colo e me deita no sofá de volta, ergue meu braço direito e da um beijo no dorso de minha mão e depois se vira, sumindo de minha visão novamente.

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