A Puro-Sangue

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Não sei quando tempo que eu fiquei desacordada e muito menos o que me aconteceu. Abro os olhos para lá de atordoada e sem entender o que aconteceu durante esses dias que fiquei presa, minha garganta está seca e minhas presas clamam por sangue humano.

Olho ao meu redor, descobrindo que estou em meu quarto na mansão Bartholy e pelo que posso ver está de noite, olhando pela janela. Me sento na cama com um pouco de dificuldade e jogo minhas pernas para fora da cama e tento me levantar, mas sem chance, estou fraca de mais.

— Nicolae? Lorie? Alguém em casa?

Minha voz sai baixa e arranhada, mas sei que se alguém estiver aqui, me ouviram. Uns segundos depois a porta do quarto é aberta e una pequena ser loirinha está sobre mim chorando e me abraçando. A abraço de volta a acalmando quando mais alguém entra no quarto, Drogo.

— A princesinha acordou do sono de beleza finalmente.

Queria i responder, mas no momento não consigo pensar em nada então apenas o olho, e é aí que percebi que minha visão está vermelha na beirada e um instante depois estou sibilando ao sentir o cheiro de sangue vindo em minha direção.

— Calma, Sarah. Só irei te entregar, quando se acalmar.
— Nicolae.

Me sento de volta me desgrudando da vampira e me levanto da cama sem pensar, só não caio porque Drogo me segurou a tempo e com o susto a fome se afastou um pouco e consegui me acalmar para que assim Nicolae e Peter entrassem no quarto, e Drogo me colocasse de volta na cama.

— Como está se sentindo? Como que conseguiu acordar?
— Péssima...

Franzo o cenho ao ouvir minha voz rouca e estranha novamente, Nicolae me trouxe o copo e me fez beber o sangue devagar, o que me fez rosnar para ele em protesto.

— Desculpa, mas temos de tomar cuidado, você acabou de acordar.
— Pensei que tinha sido você a me despertar, mas pelo visto não foi... Quanto tempo fiquei...

Fecho os olhos ao pegar uma pequena fragrância diferente no ar e dentro da mansão.

— Quem está aqui?
— Como assim? Só tem a gente, Sarah.

Peter me responde confuso, pego o copo da mão de Nicolae e tomo o resto do sangue de uma vez e me levanto, usando ele e Drogo como apoio caso minas pernas falhem novamente.

— Não, não estamos sozinhos. Tem mais alguém lá embaixo.

Saí do quarto descalça mesmo e no meio do caminho sou parada por Drogo que limpa minha boca suja de sangue, o agradeço e continuo a andar. Paro nas escadas e olho para baixo, onde vejo uma velha que nunca vi antes e Sara Osborne. Cheiro o ar mais uma vez para ter certeza e digo sem pensar.

— Bruxas do clã Osborne.