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Pensei que Drogo viria depois a aula, mas pelo visto me enganei de novo e para completar as bruxas e o lobo, que é nosso professor se Mitos e Lendas não me deixam em paz e sem falar do Loan e da Samantha.
E por falar neles, Samantha veio me perguntar de novo o motivo de Sarah não ter vindo a aula.

–E então, esquisito. Por que ela não veio hoje?
–Não é de seu interesse, Samantha. Me deixe em paz e vá perturbar o Loan.

Loan me olhou perturbado e disse com a voz neutra, o que causou raiva na loira oxigenada.

–Vocês não perdem por esperar, se tiverem feito algo a ela e a estejam mantendo em cativeiro, vocês irão pagar caro Bartholy.

Olho para ele indiferente e depois volto a minha leitura, os deixando falando sozinhos.

Depois que a aula acabou voltei para casa, a Osborne me seguiu querendo ver a amiga mas foi barrada no portão por uma ligação que recebeu da avó.
Me virei a olhando e esperando uma explicação pelo que ouvi e ela apenas encolheu os ombros e passou por mim, entrando no jardim e depois na mansão.
Não a parei e nem pararia, ela sabe o que fez e o que está fazendo dando informações sobre a Sarah para sua avó. Elas acham que ela é uma humana, mas nem fazem ideia que ela é uma de nós e que é a última de sua espécie e por culpa de nosso criador. Como sempre.

Bate na porta falo escritório de Nicolae, que era a biblioteca e assim que recebi sua permissão entrei.

–O que houve, Peter?
–A Osborne está aqui, veio ver a Sarah. E Lorie ja está em casa?
–Entendi. Sim, ela está no quarto deitada ao lado de Sarah com sua boneca.

Suspiro cansado por saber já o que acontecerá assim que a bruxa entrar no quarto, mas nem ligo. Elas que se entendem, pois eu vou para o meu quarto.

–Por quê não me deixa acordar?

Minha voz sai baixa e fraca, deitada no chão com a cabeça no colo do Original. Ele faz carinho em meu cabelo, enquanto passa a língua pela boca tirando o excesso de sangue que ali tinha.

–Porque você é minha propriedade, Sarah. E só sairá daqui quando eu quiser e estiver satisfeito com seu sangue.

Ele tira o meu cabelo do pescoço, passa a mão por trás de meu pescoço e me ergue em direção de seu rosto, chega seu nariz perto de meu pescoço e aspira o perfume de meu sangue que ainda está fresco em meu pescoço e na borda de minha blusa.

–Seu cheiro é inebriante.

Sua voz sai rouca e baixa me arrepiando, engulo em seco e quando dou por mim estou fechando os olhos por estar cansada e exausta desse castigo.
Minha cabeça pende para trás dando espaço a ele me morder e assim que sinto suas presas em meu pescoço de novo, eu perco os sentidos.

–O que você faz aqui?! Vai embora!

Os gritos de Lorie são ouvidos pela casa toda e pelos frutos posso perceber que ela está com os caninos afiados a mostra e os olhos vermelhos, mas não ligo muito. A vampira sabe se virar e a bruxa também.

–Se acalma, Lorie. Só vim ver ela, como ela está. Faz dias que não a vejo e minha avó está...
–Você a está colocando em perigo, vai embora! Não te quero perto dela e nenhuma outra bruxa! Vai embora!
–O que? Em perigo? Mas... como?

Não conseguindo mais me concentrar em minhas partituras, suspiro saindo do quarto e indo para o de Sarah. Abro a porta e vejo Sara e Lorie, a loira está entre a vampira e a bruxa, não a deixando chegar perto da cama.

–Acho que você deveria ir embora agora, Osborne. Você já viu que ela continua a dormir e está bem, pode dizer a sua avó que ela está bem e em segurança. Desde que nenhuma de vocês cheguem perto da mansão, pois não sabemos o que Viktor está fazendo a ela enquanto dorme.

Paro ao lado de Lorie e olho para Sara neutro, cansei já dessa visita. Ela só serviu para me atormentar mais do que se estivesse na escola ainda. A morena concorda um pouco perdida ainda e se vira pegando a bolsa e sai do quarto, uns minutos depois ouço ela sair e pegar o celular. Pela sua conversa, vejo que sua avó está ainda mais preocupada conosco.

De acordo com elas, nós que colocamos Sarah na mira de Viktor. E o que uma humana poderia fazer contra um Original? Nada, a não ser ser a refeição dele. Pena que ela não é uma simples humana e que não fomos nós que a colocamos na mira dele, mas sim ela mesma.

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