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Lorie não me deixa sozinha nem por um instante e até a agradeço por isso, assim não fico remoendo o passado.

— Sarah, vem!

Volto a mim ao ouvir o meu nome no chamado da loirinha, vou até ela e ao ver onde ela está, me deparo com o parque da mansão e onde meus olhos param é o escorregador e uma corda, só espero que não seja a famosa forca.

— O que vamos fazer agora?
— A forca.

"Como eu temi".

Suspiro e cruzo os braços a olhando.

— O que já te disse sobre a "forca"?
— Que não pode.
— Isso mesmo. Então escolhe outra brincadeira.

Ela pensa por um tempinho olhando para a corda e o escorregador.

— Pode o "sequestro"?
— Esse pode, mas quem ficará presa? Quem será a vítima?

Um sorriso maquiavélico aparece em seu lindo rosto e aponta para a casinha de brinquedo dela de tamanho real, que fica aqui fora. Vou até lá com ela em minha frente, que entra na casinha e quando vejo fios de cabelo loiro no chão paraliso.

— O jogo da "forca"... Não era para mim, certo?
— Não, era para os dois.
— Dois?
— Ela e ele.
— Meu Deus, Lorie!

Ela parou de arrastar a loira desmaiada e a prendeu ni escorregador e me olhou culpada.

— O que? Eles queriam te fazer mal.

Os olhinhos dela brilharam de lágrimas, sorri a ela assim que percebi que ela fez isso para me proteger. Abri os braços e ela veio até mim e me abraçou, assim como eu a abracei.

— Não precisava os enforcar ainda bem que não deixei então. E antes de sair sequestrando os outros, pergunta se quer ajuda.

Lhe dou um beijo na cabeça.

—Mas obrigada do mesmo jeito.

Ela sorriu e logo voltou para a casinha e uns instantes depois voltou com o Loan todo amarrado também e o prendeu do outro lado do escorregador e colocou um saco de pano na cabeça dos dois e os amordaçou, ideia minha. Os deixamos lá e voltamos para dentro, já estava tarde e a fome apertou. De nós duas.

A Puro-SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora