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Faz umas semanas já que não vou a faculdade e fico aqui atento a tudo o que acontece a Sarah, quando a Osborne vem visitar ela fico tenso e logo os gritos de Lorie são ouvidos pela mansão inteira.

Recentemente, tivemos uns probleminhas com a princesinha. Não sabemos o que está acontecendo a ela, mas ela começou a ficar pálida e seus batimentos caíram um pouco.

Em medo nós três nos revezamos para lhe dar sangue e a manter forte enquanto não acorda, e Lorie fica com ela em seu quarto sem querer sair.

E durante essas semanas as coisas apenas pioram, as bruxas estão tentando tirar Sarah daqui da mansão, tirando a Osborne já vieram três aqui e já até nos feriram para que saíssemos da frente mas assim como todas as vezes, elas iam embora com a mente em frangalhos e distorcida por Nicolae, as impelindo a irem embora.

-Algum avanço?

Olho para Nicolae na porta do quarto e nego, voltando a olhar para Sarah na cama.

-Nenhum, a não ser a sua falta de sangue e palidez.

Ele suspira e se senta do lado de Sarah na cama e se inclina sobre si, apoiando o rosto nas mãos.

-Eu não sei mais o que fazer, para tentar a acordar e a cada dia que passa, ela fica cada vez mais fraca e com menos possibilidades de acordar.
-Temos que ter fé que ela vai acordar, sabemos que se ele quisesse a matar, ele já teria. Ele a queria e a tem agora, e a bastante tempo já... Já estamos quase um mês com ela em coma e as bruxas nos atormentando.

Fecho os olhos encostado na poltrona e suspiro, me perco em meus pensamentos e meu irmão nos dele, tentando pensar em algo para ajudar a ela.

Minha mente está em frangalhos, mal consigo me lembrar quem sou ou o que estou fazendo e muito menos onde estou. Tudo ao meu redor é escuridão.

Tento me erguer, para me sentar, mas meu corpo não me responde. Sinto dores em meus membros, como se tivesse agulhas me espetando e minha garganta está seca, ardendo e clamando por algo, que não sei no momento.

Algo no canto esquerdo chama minha atenção, viro meu olhar para lá e vejo um homem vindo até mim.

-Acordou finalmente, minha querida.
-Quem é você? Onde estou?

Ele se ajoelha ao meu lado e faz carinho em meu rosto, tirando meu cabelo de sua frente e me puxa para seu colo me mantendo na altura de seu peito e não sei como e nem o motivo, mas sinto pavor dele.

-Você não precisa saber quem eu sou, só que você é minha agora. Como deveria ter sido a séculos atrás.

Ele se debruça sobre mim e arrasta sua língua em meu pescoço e logo em seguida sinto uma picada nele, me fazendo arfar e fechar os olhos, segurando as lágrimas que me vieram.

"Que lugar é esse? Quero ir embora, onde meus pais estão? Meus pais? O que?"

Travo ao me deparar com essa pergunta, para logo em seguida perder a consciência ao me lembrar.

"Eles estão mortos. A muitos anos."

A Puro-SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora