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Então só pode vê-lo chegar, só pode ver seu rosto uma última vez, só pode sorrir, só pode morrer...
E morreu naquele dia, na última vez que viu seu rosto, que tocou seu corpo frio, que ouviu sua voz e que sentiu a alma tão acolhedora abraçar a sua.
Morreu no dia que o deixou sozinho, no dia que preferiu beber do que olhar para seu rosto e perceber que sua frágil vida se definhava, na noite que finalmente contou a lembrança de seu irmão, que finalmente se apaixonou, que finalmente o entendeu.
Morreu tão crua e dolorosamente ao gritar seu nome e não ouvir uma resposta, morreu o resto que havia sobrado. E no final, sobrando um único fio, arrebentou-o ao segurar uma criança sem alma nos braços.
Há muito tempo, desde antes da primeira palavra ser escrita, que Jimin vinha morrendo, vinha definhando e deixando-se ir ao vento, dissolvendo sua alma no mar violento.
Podia dizer, com toda certeza que um dia poderia ter, que gostaria que o sonho fosse real. Que se afogasse no mar que deu a vida ao seu tritão, que pudesse morrer do mesmo jeito que seu irmão, podendo ouvir eternamente aquela canção.
Para Jimin, de longe aquilo poderia ser comparado a um pesadelo, pois pesadelos te fazem chorar e quando o amargurado pirata pôs os olhos naquela criatura tão pura, sentiu-se leve, mesmo estando pesado. Sonhar o fez sorrir.
Por mais que doesse, a lembrança de Jungkook sempre o faria sorrir, assim como a de Senjoo e como as de sua imunda tripulação. Não poderia negar, essas foram as únicas coisas boas que o acompanhou na vida.
E agora, só lhe restava aceitar seu destino já tão adiado.
Mas antes disso, antes que pudesse continuar seu eterno cilício, ele precisava abrir os olhos e descobrir quem acabara de jogar água em seu rosto.
Jimin acordou após sentir um bocado de água gelada sendo despejada em seu rosto, não teve a chance de descobrir quem fizera isso, pois quando abriu os olhos e retomou a consciência só pode enxergar a forte luz do meio dia, mas não foi revigorante ou alegre como deveriam ser os dias no auge veranil, só foi irritante a seus olhos desacostumados com a luz.
Pensou em voltar a dormir, mas sua cabeça doía demais, suas costas ardiam principalmente no profundo corte ainda não cicatrizado. Então sem muitas alternativas, ele se sentou e tomou um tempo para se acostumar com a claridade e distinguir o local onde estava.
Havia um belo conjunto de montanhas e florestas de um lado, do outro uma vista mais limpa, que ao longe poderia apostar ser a direção do mar.
Estava quente e o calor veranil não lhe poupava do suor, que lhe fazia o favor de mostrar o quão fedido estava.
Faziam o que? Cinco dias desde que se limpara ou que dormira em algum lugar que não o sujaria ainda mais?
Não poderia afirmar, afinal, desde que matou Júlios e deixou aquela taberna, a única coisa que fez foi vagar em direção a capital. Não se alimentou dignamente, por assim dizer, tinha deixado todo o dinheiro que tinha em mãos para Taemin.
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Isca para peixe
Random[NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES DESTA OBRA] A Era Dourada Pirata foi um grande marco histórico, ligada principalmente a Nassau e os corsários espanhóis. Mas talvez não tenha sido apenas isso, talvez houvesse lendas da pirataria omitidas por séculos e geraçõe...