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Autora: Oimin95
Beta: sopejuun

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A madeira não era macia, não estava bem colocada, haviam frestas no seu chão e alguns cupins no corrimão. Cheirava a velho, a gasto e a podridão.

Quem não estiver acostumado com a visão, poderia ficar assustado com o estado quase assombrado.

Mas claro, para os residentes do Beco, não passava de mais uma construção completamente esquecida na escuridão.

Era mais uma estalagem, no meio de muitas casas destelhadas, prédios abandonados onde moravam famílias e alguns bastardos.

Não era colorido, não era alegre, muito menos vívido. Um lugar pobre, sem esperança, onde o sol sequer tocava o chão.

O Beco não era nada mais do que seu próprio nome já dizia, um beco. Um pequeno corredor escuro entre prédios de luxo, onde é sempre breu e cheio de sombras.

Onde os mendigos dormem, os ladrões se escondem e os assassinos matam.

Principalmente onde os mortos atormentam os vivos.

E naquela estalagem do começo, um fantasma poderia caminhar seguro, pois jamais seria ouvido. Seus passos passariam despercebidos até para o mais atento guarda imperial, pois eram leves e sorrateiros.

E naquele passo Pequeno caminhou, entrou por uma janela no primeiro piso e se esgueirou silenciosamente até um dos quartos nos fundos, onde ficavam alguns dos marujos que se instalaram naquele prédio.

Quando finalmente conseguiu chegar seguro no quarto, a única coisa que pode fazer era cair naquela cama, completamente exausto e dolorido.

Estava correndo até agora e com o corpo quente não havia percebido o estrago que tinha acontecido, mas depois de um tempo na cama, seu corpo começou a esfriar e as dores apareceram para incomodar.

Suas costelas ardiam, sua bochecha estava um pouco inchada, seu braço queimava como o inferno e além do sono descompensado, todos seus músculos doíam.

- Ah... Preciso dormir. - constatou em um resmungou baixinho, enfiando o rosto no travesseiro.

Não era o mais macio do mundo, mas provavelmente o mais confortável na sua opinião.

Era fino, mole e em muitos lugares faltava enchimento. Tinha um cheiro bom e acolhedor, era gostoso de abraçar e dormir por cima e isso que ia fazer por pelo menos alguns minutos, dormir confortavelmente.

- Achou ele?

Mas quando estava recém fechando seus olhos, uma voz surgiu no quarto.

Pequeno sequer mudou de posição, pois reconhecia de longe aquela voz de peixe morto.

- Não...

Passos lentos foram ouvidos e logo o peso do outro lado da cama mudou. Ele havia sentado na beira da cama, esperando ouvir uma resposta mais decente para sua pergunta.

E Pequeno sabia que mesmo sendo alguém de poucas palavras, Feng Jin era muito curioso. Uma junção quase perfeita, um curioso e alguém que era incapaz de se manter calado por muito tempo.

- Procurei ele por todos os lugares do Beco, em cada canto e em cada fresta imunda ou até um pouco limpa, mas não encontrei, ele simplesmente sumiu.

Na noite passada, assim que Feng Jin e Pequeno finalmente se acalmaram e ficaram satisfeitos após deixar alguns hematomas no outro, alguém desceu as escadas correndo para avisar que o garoto loiro havia desaparecido. Algumas pessoas que estavam no cômodo amplo estranharam, mas aqueles que sabiam sobre o menino desafortunado, rapidamente levantaram-se de suas cadeiras e saíram a procura, esquecendo-se completamente do que discutiam ou até da bebida em seus copos.

Isca para peixeOnde histórias criam vida. Descubra agora