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Oimin95

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As pétalas que caiam ao ar e flutuavam ao chão sujo de gente e contaminado de movimento, cessaram seu escorrer avermelhado quando a puta enfaixou o caule da flor quebrada.

E a flor, que ainda não se tornara arbusto, ainda temia o desconhecido, porém se sentia curiosamente confortável e abundantemente confiante diante do público que frequentava o prédio vermelho.

De alguma forma sua estadia naquele hotel cheio de demônios lhe fez bem, sem a proteção de seu vazo ou das orientações do jardineiro, teve que suportar seus medos e andar entre os espinhos, olhá-los nos olhos e permanecer ali, vivo.

De alguma forma sua estadia naquele navio, na vida marinha, lhe fez bem, sem o leito de sua mãe e sem a prisão que seu padrasto impunha, teve que crescer a todo custo. Precisou que Jimin fosse seu jardineiro e lhe regasse mesmo que doesse, precisou também de Senjoo que foi seu vazo de barro, protegendo suas raízes, mas deixando suas folhas em contato com os perigos do tempo.

De alguma forma, após tudo que viveu, após enfrentar seu demônio, não poderia dizer que ascendeu aos céus e curou seus medos e ansiedades, mas já confiava um pouco mais em si e não apavorava-se com qualquer ambiente hostil. O medo nunca deixaria seu corpo, não importa o quanto crescesse, mas agora, naquele bordel lotado de pessoas estranhas, pessoas essas inconscientemente cruéis ao viver sua vida rica, sem se preocupar se vão ser caçados igual a animais no dia seguinte, ou por simplesmente não se importar que isso aconteça bem ao lado de sua iluminada cidade, não se via em perigo, pois sabia que sua maldade era diferente daquelas pessoas bárbaras com quem convivera por tanto tempo.

Ele queria ver, queria ser observador igual a Jimin e ver como aquelas pessoas se comportavam, em como as prostitutas dançavam sua dança hipnótica para atrair os clientes e em como eles cediam tão facilmente aos seus encantos, mas não pode observar muito pois a mulher que o recebeu o arrastava rapidamente para um lugar longe do tumulto da noite. Levou-o a um prédio ao lado que era conectado com o vermelho, este outro era menor e mais simples, sem cores vibrantes ou grandes entalhes em suas vigas, provavelmente era onde as damas noturnas moravam.

Foi lá, em um dos quartos, que a moça maquiada extravagantemente limpou seu ferimento e o enfaixou, lhe deu de comer e beber, para então sentar-se em sua frente, na mesa em que comia, e assumir uma expressão aterradora por debaixo do pó de arroz.

- Como conseguiu a fita? - perguntou ela, com um sotaque enrolado, com notável falta de prática, mas mesmo assim não deixava de ser impactante e ameaçadora, como uma das pessoas que provavelmente é responsavel pelo local, é claro que não deixaria qualquer estranho permanecer sem ao manos fazer perguntas, principalmente quando estão no meiode uma guerra contra o imperador.

E Taemin, mesmo não sabendo muito sobre esse conflito ou que ele intervém em sua situação atual, não teve problema em contar o que ela queria que dissesse.

- O Beco está sendo atacado e...-

- Disso eu sei! - interrompeu, nervosa - Como conseguiu essa fita?!

Ela estava claramente exaltada, quase perdendo sua compostura na frente de um desconhecido pela ânsia em receber a resposta para sua duvida latente.

- Consegui a fita com Li Ming, uma pessoa que disse que reconheceriam pelo nome e que me dariam abrigo.

Enquanto contava sobre Pequeno, sentiu um certo incomodo, certa culpa por estar em segurança enquanto ela ficou para atrás, com varios ferimentos e diante de três soldados armados.

Isca para peixeOnde histórias criam vida. Descubra agora