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#CapitaoDevilFish

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Naquela mesma noite, depois de um dia completamente estressante como de costume, onde o fardo de todos os acontecimentos recentes pesavam sobre suas costas, onde as palavras ditas pelo tritão permaneciam atormentando-lhe a mente, mesmo agora, deitado ao lado da criatura divinamente magnífica.

Essa, que por sua vez tinha sua cauda enlaçada em volta de uma das pernas do capitão, como se ele fosse seu ursinho de pelúcia. O tritão se distraia com as figuras de um livro que achou entre as estantes, completamente relaxado em meio aqueles lençóis que aprendeu a apreciar o toque. Já Jimin se via preso aos seus pensamentos, que giravam a toda velocidade.

Chegava a ser cômico a diferença dos dois, pois um pegava todos os problemas do mundo para si e tentava resolvê-los. Já o outro, se mantinha sereno, mesmo que o mundo estivesse caindo sobre sua cabeça; no seu ponto de vista, não tinha necessidade de perder a calma por algo que não havia como evitar.

E como sempre, Jimin estava preocupado, pois de todas as pessoas que já morreram debaixo de seus olhos, nada poderia se comparar ao que seu tritão relatou.

Viu seu pai morrer em seus braços, matou seus próprios amigos pelo que julgava ser o certo e foi a causa do falecimento de seu irmão de alma.

E apenas isso já lhe tirava o sono, já o fazia chegar à beira de um precipício psicólogo, onde apenas desejava se jogar.

Agora, a apreensão lhe tomava, por imaginar como está a mente de Jungkook, ficava com medo de que sentimentos corrosivos, como a culpa e o pesar, possam o quebrar por dentro. Sabia, por experiência própria, que esse tipo de ferida jamais cicatrizava por completo.

O capitão levou as mãos a face, esfregou-as ali em busca de alívio e logo as escorregou para os cabelos. Olhando para o teto, se dava conta de sua situação, de tudo, e a conclusão era: irreconhecível.

Um riso misturado de incredulidade, alívio, compreensão e muitos outros sentimentos que deixavam seu peito com cócegas, soprou por seus dentes.

Quando que o Capitão Park Jimin estaria deitado em sua própria cabine com outro alguém? Quando que o infame Capitão Devil-fish se importaria tanto com alguém que não fosse da sua família?!

Estava uma completa bagunça, perdido em meio de tantas sensações contraditórias e novas. Como se encontraria em meio delas?

Ele nem sabia se queria se encontrar...

- Jimin, como se lê isto? - indagou o culpado de toda a bagunça.

O Park prensou os olhos e esfregou as mãos no rosto novamente, antes de virar a face para o lado e dar de cara com aqueles olhos de pepitas, redondos e brilhantes, curiosos que só. Seus lábios róseos sorriram pequeno, sendo acompanhados pelos carmins do outro.

Era incrível, como em um espaço tão pequeno, coubesse os olhares de dois seres calejados pela vida, de duas criaturas que guardavam tanta coisa sob aquele brilho serene; que conseguiam sorrir verdadeiramente, mesmo com seus interiores que se esvaziaram com o passar dos anos.

Talvez a razão dessa chama em seus cernes seja a esperança do preenchido.

- Eu não sei. - respondeu, pegando o livro em mãos e apontando para todo o título - Mas eu e meu irmão chamávamos isso de "Sorrisos de caramelo".

Jungkook assentiu, completamente intrigado. Afinal, depois de experimentar a tão polêmica laranja, acabou ficando mais curiosos sobre os outros artefatos humanos, e agora estava ainda mais para saber como eram os contos humanos e o porquê dele ter livros se sequer sabe lê-los?

Isca para peixeOnde histórias criam vida. Descubra agora