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Oimin95
Beta: sopejuun

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Uma sensação de desconforto pairava no primeiro andar da taberna velha, usada e gasta, porém não esquecida por qualquer um.

A grande caixa de madeira, por mais decrépita que fosse, jamais deixaria de estar movimentada. Naquela caixa enorme, se guardava a história do mundo, contada e grava de boca em boca com boatos, mentiras, soluços ébrios, fofocas e declarações de morte.

Muito aquelas paredes já testemunharam, seu proprietário, claro, já viu e ouviu ainda mais.

Seu ofício não era o mais simples, não contava apenas com a habilidade de servir copos e misturar sal no mingau.

Era preciso ter estômago para engolir as ações de seus clientes. Ter coragem para, quando for preciso, apartar uma briga entre pessoas grandes, com nomes maiores ainda. Precisava de lábia, para convencer um idiota a não perturbar a "paz" do local.

Mas precisava de mais coragem ainda, para ver o estrago que seus clientes faziam ao irem embora.

E quando pôs os olhos naquele homem, que em seus olhos havia uma névoa bárbara enquanto descia lentamente cada degrau da velha escada. Soube que teria que lidar com algo que não sabia se queria infrentar.

Mas não era como se pudesse previnir nada, uma vez que tal homem já havia chegado no chão, completamente sereno, inabalável, inalcançável, inegavelmente aterrorizante e... Banhado em sangue.

A cada paço que dava, deixava para trás um rastro vermelho escuro, em suas calças e camisa tinham marcas escuras de líquido carmim, esse mesmo tom que adornada suas mãos e rosto.

O músico esqueceu de tocar a corda, as putas já deixavam seus peitos longe dos homens, alguns clientes rejeitaram sua bebida, enquanto vários encaravam aquele homem que havia descido do quarto barulhento.

Esse, que sem pudor, sorriu para todos, como se cumprimentasse velhos amigos. Mas todos apenas o encaravam com olhares sérios, preocupados e raivosos.

Sem vergonha alguma, se aproximou de uma mesa onde dois homens grandes e parrudos bebiam em grande copos escuros, esticou a mão, passando sem medo pela frente da visão do homem e alcançando seu copo.

No mesmo instante que sua bebida deixou a mesa, tal homem deu um forte soco na superfície de madeira e se virou furioso para Jimin, que apenas segurava o grande copo e o virava de uma só vez, com prática e experiência.

- Mas que diabos tu pensa que tá fazendo?! - o homem possesso, parecia até um rinoceronte, erguendo sua face para atacar, contudo, Jimin se mantinha impassivel, tranquilo e com uma carranca no rosto.

Não estava com muita paciência, não hoje, não tinha vontade alguma de lidar com mais algum idiota. Então apenas largou o copo com força na mesa, empurrando a manga de sua blusa desnecessariamente, apenas para dar ênfase a seu título e deixar o rinoceronte a par de com quem ele está falando.

As tatuagens no corpo de um pirata não eram simples desenhos, eram marcas, cicatrizes que contam a história de sua vida e diziam sobre você.

As tatuagens e cicatrizes no corpo de Jimin, eram a maneira de falar, sem utilizar palavras, que ele era o infame Devil-Fish.

E o companheiro do rinoceronte, aquele que bebia consigo, reconheceu a tatuagem, identificou a assinatura. Se preocupando com o amigo, que era tolo o suficiente, se ergueu da cadeira e o instruiu a se sentar novamente.

Isca para peixeOnde histórias criam vida. Descubra agora