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Ódio, rancor, raiva, ira, indignação, cólera, esses e todos os outros sinônimos existentes se embrulhavam no cerne de Jimin. Ele queria… Ah como ele queria poder enterrar todos aqueles problemas a sete palmos no chão¹. Ah, como ele queria separar as línguas dos corpos daqueles homens. Ah, como ele queria ter a chance de se dar um destino pior que a morte para qualquer um que ousasse sugerir ferir o tritão.
Ele queria, mas sabia que as coisas não funcionavam de tal forma, o mundo jamais iria andar de acordo com suas vontades, a mente das pessoas não concordariam com todos seus caprichos. Então, lá no fundo, ele soube que deveria apenas ignorar aquela situação momentaneamente.
A solução mais prática era virar as costas e esperar que ao chegarem em terra firme, seu caminho e o daqueles homens jamais se encontrassem novamente.
Mas algo não correu como desejado, não obedeceu sequer à sua vontade de paz.
Assim que havia se virado para voltar à cabine, para só sair ao saber que chegaram no porto, sons de passos rápidos e pesados sobre a madeira chegaram em seus ouvidos, Jimin se virou para olhar, mas aquele homem já estava perto demais. Seus olhos puderam apenas vislumbrar o brilho de uma lâmina prateada antes de sentir uma dor ardente e seu sangue respingar na madeira escura.
No mesmo instante que a faca cortou sua pele, em instinto, ele pulou para trás se afastando.
Uma ardência abundante vinha de sua pele, ele virou um pouco para o lado e pode ver um corte profundo vindo arrastado do meio de suas costas até o ombro direito. Talvez, se não tivesse tentado desviar, aquela faca estaria cravada em seu cadáver jogado ao chão.
Bastaram segundos, instantes diminutos para as veias de seu pescoço saltarem e todo aquele ódio que tentou reprimir explodir e sua tentativa de apaziguar as coisas serem jogadas e pisoteadas como um lixo putrefação.
Estava tão indignado, tão saturado daquele comportamento insolente que nem se dignou a formar uma frase, sua boca até se abriu apenas para gritar um xingamento. Mas antes que terminasse de proferi-lo, aquele mesmo homem ainda não havia desistido de lhe esfaquear e voltou a golpear em sua direção.
Jimin estava em desvantagem, sem armas e já ferido, podendo apenas desviar daqueles movimentos rápidos e incrivelmente experientes. Por mais estranho que possa parecer, o capitão podia ter certeza que aquele homem estava longe de ser inábil.
Cada movimento, cada ataque era preciso e por mais que isso estivesse longe de ser o pior dos problemas, afinal, ele era alguém que se criou em meio a brigas, espadas e canhões, então mesmo em desvantagem ainda não temia.
Mas seus ataques eram tão precisos, mirando os piores lugares possíveis, o acertando aqui e ali, o perseguindo e empunhando a lâmina de um lado para o outro, em cima e embaixo, tentando atingi-lo a qualquer custo.
Ainda acabou tendo alguns cortes antes de ver o momento perfeito, prendendo o braço do outro com o seu próprio, o circulando o deixando em uma posição quase imóvel, para sem delongas fazer força para baixo e o braço do homem quebrar em um som alto.
A faca foi ao chão e seus gritos foram ao ar, enquanto o joelho de Jimin alcançou o estômago dele, antes de derrubá-lo no chão e começar a socar o rosto com fúria.
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Isca para peixe
De Todo[NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES DESTA OBRA] A Era Dourada Pirata foi um grande marco histórico, ligada principalmente a Nassau e os corsários espanhóis. Mas talvez não tenha sido apenas isso, talvez houvesse lendas da pirataria omitidas por séculos e geraçõe...