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ATENÇÃO: CONTEÚDO SENSÍVEL
Havia um odor no ar, não era perfume pois não cheirava bem, estava mais para um aroma de mofo e madeira molhada que misturava-se a suor, lama e ferrugem. Mas não a ferrugem do ferro ou do aço, era algo que queimava as narinas e secava o fundo da garganta, era cheiro de sangue, cheiro esse que virou uma fumaça densa, penetrando nos pulmões e asfixiando, afogando naquela neblina densa e sólida.
Sua garganta fechou e começou a tossir, a cabeça zumbia e já não podia manter os olhos fechados, foi nesse sufoco que Li Ming acordou daquele pesadelo. Assustada, tremia e soluçava, tentando respirar com força.
Estava atormentada, sentia dores por todo corpo mas ainda não percebera, pois ao despertar o que mais lhe chamou atenção foi o fato de ainda estar viva.
- Li Ming? - indagou uma voz conhecida, uma voz amada que fazia seus músculos relaxarem - Não, não se mexa.
Pediu Feng Min, quando ela se debatia como se houvesse algo segurando seus movimentos. Ele se aproximou da cama e segurou uma de suas mãos, o toque foi tão delicado que ela quase não sentiu as peles se tocarem.
Um rosto preocupado surgiu diante dos seus olhos, aflito, analisando cada pedaço da face brutalmente espancada de Pequeno.
Ela ainda não estava entendendo o que estava acontecendo, apenas se lembrava de estar no palácio, naquele salão de jade, vendo a cabeça de sua mãe rolar e seu sangue derramar pelo piso, também se lembrava do estábulo... Não havia como esquecer.
Depois que sua mãe foi decapitada, os guardas a haviam levado para o estábulo onde ficavam os cavalos da cavalaria real, eram animais belos e enormes, lembrava de tê-los visto de relance quando foi jogada no chão lamacento, pisoteado por cascos e botas.
Quando no chão, frágil, ferida e paralisada, sem força nos braços para se erguer, os guardas riam e se perguntavam o que deveria fazer com ela. Achavam graça de suas roupas, apesar de rasgadas ainda eram masculinas, decidiram então torna-la um homem.
Agarraram seus cabelos negros e puxaram para cima, com uma lâmina cortaram mecha por mecha até o comprimento não ficar maior que um palmo. Eles riam o tempo todo, se divertindo com as lágrimas que rolavam pelo rosto sujo de Pequeno.
- O que foi? Não está feliz? Agora é um homem como sempre quis! - riu um, segurando um punhado de fios negros emaranhados com lama e sangue.
Depois obrigaram que ficasse de pé e a fizeram lutar, eram três homens cercando seu corpo que mal conseguia se equilibrar. Pequeno até tentou, ficou em posição de ataque, tentava fugir dos golpes mas estava lenta, seu corpo pesava e sua cabeça ardia pelos cortes, quando conseguia se esquivar vinha um soco ou chute do outro lado, estavam regozijando do momento como se ver aquela pobre criatura magra, sem forças, coberta de sangue, lama e feno fosse um grande presente.
Brincaram de espancar até que ela caísse novamente naquele lodo cheio de esterco, sem conseguir respirar, sem forças ou razão para lutar. Estava sendo humilhada como nunca antes, já mal conseguia se lembrar da mãe quando seu rosto era esmagado por uma bota suja que pisava em sua bochecha e a afogava na poça.
Sentia seu espírito morrer aos poucos, mas só pode se desfazer de qualquer esperança de sobrevivência quando sentiu suas calças sendo arrancadas rudemente de seu corpo, ali ela começou a chorar e rezar para morrer.
Os guardas se revezaram, cada um uma vez, cada um mais brutal e sem escrúpulos que o outro. Foi pior que dá primeira, mais dolor, mais humilhante que quando invadida no Beco, foi o fim de tudo que a fazia ser humana. A cada penetração, a cada gota de sangue que escorria por suas pernas, Pequeno sentia que ja não havia mais volta.
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Isca para peixe
Random[NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES DESTA OBRA] A Era Dourada Pirata foi um grande marco histórico, ligada principalmente a Nassau e os corsários espanhóis. Mas talvez não tenha sido apenas isso, talvez houvesse lendas da pirataria omitidas por séculos e geraçõe...