Isca para peixe

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Autora: Oimin95
Beta: sopejuun

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É tão simples, não? É só se levantar, você consegue.

É só abrir os olhos e acordar, mas porque você faz parecer tão difícil?

Por que simplesmente não pode ficar aqui e fingir que nada aconteceu? Mergulhar eternamente em uma poça d'água e fingir ser um girino, sem nunca tornar-se sapo.

A vida na água é tão mais simples, mais fluida e quanto mais se pensa nisso, mais... assim, desse jeito, se torna.

As pessoas vêem a necessidade de dar uma desculpa para tudo, uma resposta para uma pergunta que jamais foi feita. Tudo bem se isso se mantivesse pessoal, individual, todavia a questão é que não é. As respostas ditas são sempre apontando para alguém, jogando a culpa nela ou naquela, tentando se livrar de... alguma coisa.

Muito da vida se perde pelo que é dito sobre si, muito se destrói, muitos o corroem.

Boatos, mentiras, difamação, verdade, todos se misturam o tempo todo e a todo tempo. E por isso que desgraças acontecem.

Em um país, em uma cidade, em um Beco ou até em um navio pesqueiro.

Grandes sábios já diziam; não existem consciências, tudo está escrito e previsto.

- Senhor!

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Jungkook saiu tão rápido do quarto que Taemin sequer teve tempo de raciocinar antes de correr atrás do afoito tritão. Foi como na madrugada, quando foi em disparada em direção a cidade sequer sabendo com se caminha e da mesma forma que antes, ainda sem possuir muita habilidade usando os pés, o tritão acabou tropeçando em um dos degraus enquanto descia a escada correndo, caindo com tudo no assoalho de madeira, por sorte faltava apenas dois para chegar ao chão.

No primeiro momento, quando ouviu o estrondo que o corpo enorme fez com a queda, Flor do Campo ficou preocupado, mas como se fosse nada, Jungkook ergue-se exibindo um vívido vermelho no queixo e fez sinal para que o garoto o seguisse. Sem tanta euforia ou energia, o garoto terminou de descer a escada com calma, não era tão resistente a quedas quanto o outro e já tinha hematomas suficientes no corpo.

A proprietária que os analisava de longe não pode deixar de desconfiar da dupla desastrada, principalmente quando o tal senhor da família Jeon descuidadamente prendeu seus cabelos em um rabo de cavalo tão mal feito que entregava sua completa falta de prática, aquele homem não parecia nada com um nobre, por mais educado e cortês que fosse, ainda tinha algo nele que não se encaixava. Contudo, nada poderia fazer, estavam pagando pela estadia, até agora não causaram problemas para que desconfiasse de sua palavra, mas não conseguiu controlar franzir do cenho quando os hóspedes saíram apressados pela porta, esbarrando em um outro cliente que entrava.

Ambos não sabiam o porque andavam tão rápido ao ponto de quase correrem, quando se deram conta de como agiam começaram a diminuir a velocidade, não faria diferença se fosse mais rápido ou mais devagar. Precisam conseguir algumas informações sobre o Beco e como chegar lá, uma vez que Taemin confessou não fazer ideia de como conseguiu escapar daquele lugar frio e macabro aos seus olhos assustados.

O Mercado, como era popularmente conhecido, era um centro urbano-comercial famoso dentre as cidades portuárias, uma não tão grande, mas consideravelmente rica em ouro e produtos. Muitos nobres vinham de todos os lugares para comprar, vender e trocar mercadorias, muitos até de outros países costumavam visitar o pequeno pedaço de terra. Era de fato uma cidade em movimento.