Eram pouco mais das sete daquela mesma manhã, quando Harry saiu de sua casa. Seguiu um endereço, guiado pelo GPS, em busca da residência encontrada numa reportagem pela Internet.Dirigiu ir até o local e bateu à porta da casa, sem muro, a beirar à rua.
- Sim - bradou uma voz vinda de dentro.
- Sou repórter e gostaria de fazer algumas perguntas sobre a morte de seu marido.
Harry tenta ouvir algum movimento do outro lado da porta, mas, a poluição sonora feita pela forte tempestade, camufla qualquer som que viesse de dentro.
- Prometo que será rápido! - disse ele num tom gentil.
Harry percebeu a presença da pessoa por detrás da porta e tentou mais uma vez, porém, reforçou à dramatização como um apelo de criança.
- Preciso dessa história, senão eu posso perder meu emprego, senhora. Minha esposa está grávida de nosso primeiro filho. Senão fosse tão importante, eu não viria numa chuva dessas!
Um raio claqueou trazendo um barulho assustador que ecoando em todo o lugar.
Foi neste momento que uma mulher abriu à porta acenando para entrar.- Obrigado, senhora Mills.
- Espere - disse a mulher de pouco mais de quarenta anos.
Ela saiu das vistas e voltou com uma toalha. Passou para Harry que enxugou seus braços e seu rosto.
Tem seus cabelos amarrados a rabo de cavalo.Um casal de crianças, em idades aproximadas (oito a dez anos), apareceu especulando sobre o visitante. Em seus rostos está explícita certa melancolia e tristeza.
- Olá! - disseram simultaneamente.
- Olá - respondeu Harry num tom amigável.
- Vão para o quarto de vocês. - ordenou a mãe gentilmente. - Esse moço veio conversar com a mamãe.
Obedeceram.
Ouvem-se o barulho dos degraus das madeiras ao subirem a escadaria expressando calmaria em suas marchas.- Eu poderia ver algum documento de identificação? - disse a dona sem demonstrar virilidade ao falar.
Seu semblante é de triste ao cansado.- Eu esqueci no carro - lamentou Harry. - Mas posso ir buscar, se a senhora quiser.
Outro estrondo ecoou na tempestade impiedosa.
- Não. Tudo bem. Você não tem cara de mal feitor; como se eles tivessem cara de malvados! - completou dando um risada pálida e sem muita força. - Aceita um café?
- Pode ser, obrigado.
...
Após o café pronto, sentaram-se à mesa da cozinha naquela casa que esboça simplicidade numa sutileza harmônica e organizada.
Harry fez algumas perguntas disfarçando seus verdadeiros interesses de estar ali. Mills lhe responde com sinceridade.
O jovem homem articulou muito bem o enredo do questionário. Ouviu sobre a filha do casal que, após o enterro, voltou para a cidade onde faz faculdade. Harry desconversou e se mostrou atento até que conseguiu chegar ao ponto perfeito para entrar no assunto que o levou até ela.
- A senhora notou alguma mudança no comportamento de seu marido nas semanas antes do terrível acontecimento?
A pergunta calou a mulher por uns instantes.
Diferente da esposa do falecido, Harry sabia que o marido dela foi o lobisomem que invadiu o quarto de Suzy na última semana, com isso, foi o propulsor da maldição que foi enfiada na vida de sua amada.
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Ciclo do Lobisomem. 《Concluído》
Người sói🏅Esta obra foi selecionada, pela plataforma, para participar do Prêmio Watt 2022 na categoria MISTÉRIO/SUSPENSE.🏅 ✨️AGRADEÇO A PLATAFORMA POR ESTA OPORTUNIDADE. ◇ A família William ainda vive perturbada em busca do p...