Capítulo 46. Ações destruidoras.

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"Um incêndio agitou a manhã no centro de Invernes - disse a repórter de estúdio ao primeiro jornal do dia. - As chamas destruíram todo um andar do edifício. Os bombeiros controlaram o fogo antes que se alastrasse para outros andares ou até mesmo para os prédios vizinhos. Estamos com um de nossas representantes que nos fala direto do local".

- "O clima aqui no centro do estado, amanheceu quente, literalmente falando. Segundo alguns moradores e pessoas que passavam quando o incêndio começou, às coisas aconteceram muito rápido e não houve barulho de explosão! Os bombeiros chegaram rápidos o mais...".

...

Evelyn acordou quase às oito horas da manhã no quarto de seu filho. Esticou o corpo numa espreguiçada felina antes de sentar-se na cama.

"Vou pedir a Liz para trazer meu café da manhã para cá, não quero ver aquele...".

Seus pensamentos foram abatidos pelo seu celular que começou a piscar o nome Laura em seu écran. Estranhou a ligação, já que sua secretária estará nesta semana de férias visto que o escritório está fechado até segunda ordem. Pegou o aparelho do criado mudo ao lado de sua cama e atendeu ao chamado.

- Alô Laura, bom dia.

- "Bom dia dona Evelyn - respondeu numa voz de ofegante à desesperada pela rapidez que lança às palavras. - Estou tentando ligar para senhora há tempos...".

- Calma, você sabe que meu telefone dorme no silêncio, mas por que não ligou aqui para minha...

- "Eu tentei dona Evelyn, mas ninguém me atendeu em sua casa... Bem, isso não importa - continuou a metralhas as palavras ofegantemente. Ainda bem que consegui falar com você"!

- Mas o quê que está acontecendo, porque você está desse jeito?

- "Seu escritório, dona Evelyn, pegou fogo! Foi tudo destruído pelas chamas e..."!

- O quê!!!?

- "Sim, eu acordei com o porteiro me ligando. Eu vim correndo o mais rápido que pude, a senhora sabe que eu moro perto e quando cheguei estava cheio de gente aqui e os bombeiros estavam tentando apagar o fogo. Venho tentando, desde então, ligar para senhora e...".

- Fica calma! Os bombeiros disseram que o incêndio começou no meu escritório?

- "Foi! Disseram que pode ter sido um curto na instalação".

- Impossível! Tudo foi renovado, não faz nem cinco anos!

-"Foi o que eu disse a eles".

- Onde você está?

- "Estou na portaria, o fogo já foi apagado mais ainda não se pode subir" - respondeu chorosa.

- Estou indo!

Enquanto Evelyn se arruma, seu cérebro se põe em investigação para as prováveis causas do misterioso incêndio. Nada vem a sua cabeça. Pegou sua bolsa, jogou seu telefone e as chaves dentro e saiu apressada.
Indo em direção às escadas, ela passou de frente ao seu quarto onde, provavelmente, Jonathan esteja a dormir, e foi então que um súbito pensamento lhe invadiu a mente. "As provas contra ele estão todas lá".
A reflexão lhe estagiou por um momento dando um golpe gélido em seu estômago. Sua respiração se descontrola a medida que suas investigações mentais supõe que seu marido pode ter ordenado uma queima de arquivo arruinado todas às provas que ela mesmo lhe disse que às tinham. "Não acredito"! Pensou enquanto amarga a possível causa do acorrido desta manhã. "Maldito"!

Furiosa ela vai até a frente da porta de seu quanto e invade o lugar como um touro desgovernado. A cama está vazia. Foi até o banheiro do cômodo e também não o encontrou por lá. Voltou a sair e desceu às escadarias as pressas rumo à sala de jantar. Não o encontrou tomando seu café. Como um cão farejador em busca de drogas, ela chegou até a cozinha e encontrou Liz a conversar com uma das empregadas do sítio.

Ciclo do Lobisomem. 《Concluído》Onde histórias criam vida. Descubra agora