Capítulo 13. A vingança por detrás da maldição.

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Harry saiu da igreja e parou a um passo de descer as escadas de frente a entrada.
Seu olhar está desiludido, vago e muito entristecido.
Olhou o movimento a sua frente: o trânsito e as pessoas em seus cotidianos.
Sentiu-se um inútil sem saber o que fazer para ajudar sua amada. A imagem dela atacando Anthony,  na noite passada, e a incrível transformação diante de seus olhos ainda lhe parecia fictícia, no entanto, não fora!

O padre se negou relevar qualquer coisa sobre o que a senhora Mills havia lhe dito ou algo sobre o marido dela.
Harry sabia que o religioso se fez de desentendido, mas isso não mudaria o resultado de sua visita à catedral: Nada.

Harry sente a angustia lhe corroer por dentro, como se a situação de Suzy estivesse implodindo em suas próprias entranhas, e, o fato de nada poder fazer é o que mais lhe inferniza a empatia.

No caminho de volta ao lugar onde estacionou o carro, tentou ligar para Suzy pela "milésima vez". Desligado.

Chegando ao veículo, recebeu uma ligação de seu pai.

- "Onde você está"? - perguntou-lhe sem rodeios.

- Estou resolvendo umas coisas.

- "Volte para casa, agora! Temos que conversar".

Apesar de o pai ter o costume de ser frio, Harry estranhou o tom da ligação: Jonathan fora, ao ponto, como nunca antes.

Ressuscitou o motor de seu carro e rumou ao sítio.

Agatha Boyman está, pela primeira vez, frente a frente com a filha de Michelle William, na casa que ela chama de "Full Of Energy".

A mente de Suzy está perturbada em tentar compreender, ou ate mesmo aceitar, a então revelação de Boyman. A final, Amy, de certa forma, haveria razão todo esse tempo, já que sempre cogitou a hipótese da mãe ter ido embora e não ter, acidentalmente, desaparecido. Amy tendo ou não razão, esta realidade não faria sentido, não à Michelle, que sempre fora o ponto crucial de união e cuidado extremo a família e aos empregados do sítio de seu pai; ir embora sem dizer motivos ou deixar rastros! Não condizia com o caráter da mulher que Suzy, talvez melhor do que ninguém, conhecia.

- Você está falando que minha mãe abandonou nossa família porque ela... Simplesmente quis?

- Não minha menina, eu não disse que ela abandonou, eu disse que ela foi embora e, lhe garanto que ela fez isso pela sua família, principalmente por você e seu pai.

O silêncio de Suzy expressou nítido e direto: "continue".

Por outro lado, Agatha Boyman busca um jeito de entrar na real fantasia, a discursar para aqueles ouvidos ávidos e atentos ao que há para ser dito.

- Você se lembra da viagem de sua mãe a África? - iniciou como uma voz serena, porém, séria, a passar firmeza e seriedade.

Suzy conscientizou com a cabeça numa face de desconfiança acompanhada.

- Então... - continuou Boyman - Naquela época em que ela passou por um período de depressão depois da falha numa apresentação de algo com um macaco.

- Não foi um macaco - corrigiu Suzy -, foi um gorila.

- Ou isso. Ela chegou, à capital, uns dias antes do primeiro dia de palestra. Talvez para não chegar no mesmo dia.

Suzy estava cada vez mais impressionada com tantas informações das quais somente pessoas do convívio de sua família teriam conhecimentos. Ouve a conscientizar com movimentos positivos de cabeça.

- Mamãe é muito organizada - reforçou Suzy. - Ela sempre gostou de planejar tudo com antecedência.

- Exatamente! No dia em que chegou, ela decidiu correr, à noite, pela floresta onde o hotel se encontrava.

Ciclo do Lobisomem. 《Concluído》Onde histórias criam vida. Descubra agora