Capítulo 51. Olhos estranhos na casa da colina.

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Inverness, sendo uma cidade pacata, comparando-se às outras escocesas ou até mesmo as demais de toda a Grã-Bretanha, é um fator crucial por nada de anormal se suceder em torno da cidade, que às imagens do lobisomem ainda é o assunto mais comentado de todo o país que ainda tem toque de recolher às oito horas de cada noite. Estas mesmas imagens é o que mantém a população calma em estarem a quase uma semana sem saírem de casa às noites.

A polícia não têm apresentado muitos progressos nas investigações enquanto repórteres seguem em busca de um furo qualquer em volta da história que abalou o estado e o mundo.

- Vasculhamos tudo quanto é floresta nos dez quilômetros após a ponte Kessock - revelou o policial White ao chefe Thompson em seu gabinete no prédio da polícia; também estão presentes na sala, os agentes Julie, Phil e Bochanan.

O olhar vago de Thompson expressa um aprofundamento em seus pensamentos.

- Mas de onde será que aquela criatura veio, pelo outro lado da ponte? - disse numa frase baixa quase que inaudível.

- Talvez o óbvio esteja nos desfocando de onde deveríamos procurar! - retrucou White. - O lobisomem poderia ter vindo de qualquer lugar, depois da ponte, até mesmo de alguma residência ali próximo, nem precisaríamos ir tão longe.

Voltam a calarem-se.

- O quê vocês dizem? - Perguntou o chefe aos outros agentes.

- Tendo em conta que os primeiros ataques ocorreram nas fazendas dos Smiths e William - integrou-se a agente Julie -, o mais provável é estarmos de olho em tudo o que acontece em torno desses lugares.

O chefe ouviu atento.

- Mas o que mais me inferniza a cabeça - adentrou White -, é que para chegar à Ponte Kessock, ele teria que cruzar toda a cidade, já que os sítios ficam no lado de cá da ponte!

- Ou - disse o agente Phil -, talvez não exista só um lobisomem!

O chefe juntou às sobrancelhas demonstrando surpresa pela coerente suposição dita.

- E você - apontou com o queixo para Bochanan -, o que você acha?

Bochanan refletiu uns segundos e lançou sua suposição.

- Não acho que tenha duas daquela criatura. Acho é que alguém nas famílias Smith ou William está mentindo ou escondendo algo. Alguém aqui acha normal a tal Suzy não estar saindo de casa deste então.

- O nome da moça está na boca de todos - retrucou Julie. - Imagine como seria sair nas ruas onde as pessoas acham que você é um lobisomem?

- Acham?! - criticou Bochanan. - Então você descarta que ela seja o lobisomem?

- Não. Apenas não a tenho como foco principal. Eu não acredito muito no que o senhor Smith tem dito. Ele é muito calculista quando fala e isso, pra mim, é característica de psicopatas!

- Eu desconfio dessa dignidade do senhor William - adentrou Phil. - Isso, a meu ver, não passa de fachada.

- Não acredito que John William seja o lobisomem. - Afirmou o chefe. - Não estou descartando a ninguém. Mas eu conheço a reputação e já vivenciei cenas onde qualquer outro agiria diferente, mas ele não.

O dito fez cada um mergulhar em seus pensamentos silenciosamente.

- Bem - disse o chefe quebrando o silêncio - mantenham-se em contado com a guarda florestal para quaisquer anormalidades encontrada e continuem deixando reforçada todas as entradas da cidade. Nenhum movimento durante a noite deve se passar sem que eu saiba. Se aquela criatura voltar a entrar na cidade, eu a quero capturada! Viva ou morta.

Ciclo do Lobisomem. 《Concluído》Onde histórias criam vida. Descubra agora