🏅Esta obra foi selecionada, pela plataforma, para participar do Prêmio Watt 2022 na categoria MISTÉRIO/SUSPENSE.🏅
✨️AGRADEÇO A PLATAFORMA POR ESTA OPORTUNIDADE.
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A família William ainda vive perturbada em busca do p...
- E você acha que eu sei como?! - disse Jonathan indignado. - Ela deve ter mexido no meu telefone e viu alguma mensagem sua.
- E seu telefone não tem senha?
- Claro que tem!
- Ela tem a senha do seu telefone, Jonathan, e eu não?! -indagou num tom de desprezo a mulher sentada em sua cama enrolada num fino lençol.
Jonathan está nu em uma poltrona encostada à parede de frente à cama. Levantou-se e foi de encontro à mulher seminua acomodada no espelho da grande cama desarrumada.
- Claro que não tem! - respondeu-lhe aconchegando-se ao lado de sua amante.
Sem nenhum pré-aviso, a mulher esbofeteou fortemente o peito de Jonathan com umas poucas mãozadas que estralaram firmemente em seu tórax.
- Se eu descobrir que ela tem liberdades que eu não tenho, você me pagar, com uma boa surra bem malvada!
As marcas da mão violenta da mulher deixaram a ver que não houve medição de força no ato.
- Não faz assim que eu fico doido! - disse ele antes de puxá-la pela nuca dando-lhe um beijo cheio de saliência.
Ela o puxou para cima de si e deixou o beijo aquecer o momento íntimo.
- Não, Scarlet, espera! - indagou Jonathan tentando se livrar das mãos pervertidas dela. - Eu tenho que ir embora. Quero chegar a casa antes que ela volte.
Ela o agarrou ferrenhamente pelo rosto e o olhou profundamente nos olhos.
- Não aguento mais essa vida de lá e cá! - O soltou e ele levantou-se. - Vai, me deixe aqui como sempre - completou elevando a dramatização no tom da voz.
- Isso vai acabar meu amor, eu prometo! - disse Jonathan vestindo sua cueca.
- Quero só ver se você vai cumprir sua promessa do meu presente de três anos juntos.
- Sim - afirmou Jonathan em tom de desdenho -, eu vou me separar dela.
- Assim espero! - disse Scarlet levantando-se da cama.
Os olhos de Jonathan acompanharam-na indo a passos lentos para o banheiro, como um desfile de exposição corporal, ela deixa o exuberante corpo a lhe estimular a decisão de um dia deixar sua mulher para viver consigo.
Se fechou no banheiro.
Os quatorze anos a menos que Scarlet tem sobre Jonathan e a excelente forma física adquirida na academia que ele tem o prazer de pagar para que ela se mantenha assim, são seus maiores triunfos para o tendencioso futuro de viver um dia com ele.
- E não se esqueça - disse ela após fechar a porta do banheiro. -, ano que vem nos meus quarenta aninhos, quero nosso fim de semana na Grécia.
Abriu a porta e expôs a cabeça pela brecha.
- Você me prometeu!
- Sim! - confirmou Jonathan apressado.
- Senão, continue com aquela gorda que está querendo tomar suas terras - disse ela em tom alto devido ao barulho da água do chuveiro a cair.
- Deixa de ser ciumenta - lançou Jonathan debochando. - Ela não é gorda, só está acima do peso.
- Bem acima, né!!! - Deu uma gargalhada revidando o deboche um tanto quanto defensivo de Jonathan.
- Não seja má!
- Está defendendo? - indagou Scarlet.
- Pare com isso, mulher ciumenta. Ela já é passado e você o futuro.
- Assim espero! Sabes que quando a gente se casar e eu também for dona daquelas propriedades, eu vou te ajudar muito para alavancar os negócios da nossa família.
Jonathan abotoava sua camisa e parou no momento em que ouviu a premunição proferida.
Ele marchou feito um touro em direção à porta como se ela fosse um manto vermelho exposto pelo toureiro. Entrou no banheiro violentamente assustando-a. Deu-se de frente com Scarlet por detrás do vidro do boxe a sentir a água da ducha lhe escorrer pelo corpo.
O susto rendeu lhe um grito como um tiro vocal, e fora travado pela mão que ela levou num rápido movimento de reflexo até sua boca aberta.
- O que você falou? - disse Jonathan deslizando a porta do box para a direita.
Ele meteu a mão dentro do boxe, fechou a água e tornou a lhe perguntar sobre suas palavras que pelo que parece, foram infelizes.
Scarlet ficou átona e sem ação devido ao ato repentino do amante.
- Escute aqui, mulher - indagou olhando profundamente nos olhos numa feição psicopata -, eu gosto muito de você, posso afirmar que te amo. Mas, aquelas terras foram dos pais dos meus pais e antes disso, foram dos pais deles, ou seja, sangue do meu sangue. Sangue... entendeu? Eu disse sangue do meu sangue e só sangue do meu sangue pode dizer "nossas terras".
Jonathan ficou, por alguns segundos a olhá-la num olhar perfurador de almas a expressar claramente: "nunca se esqueça disso".
Deu-lhe um beijo na testa, voltou a abrir a água e a fechou no box. "Tenho que ir", disse antes de voltar a fechar à porta do banheiro.
Scarlet está chocada e sua respiração está lenta e profunda. A água morna não evitou que ela sentisse o calafrio lhe estremecer a espinha e agitar seus poros ao extremo.
A porta voltou a se abrir.
- E sim, nós vamos à Grécia ano que vem no seu aniversário. Eu vou indo. Beijos.
Ao ouvir a porta do apertando se fechar, Scarlet desligou a água e saiu cuidadosamente do boxe deixando pegadas molhadas no piso negro com letras brancas chinesas a decorar o assoalho e foi até o tapete de frente ao espelho. Olhou para sua imagem refletida e deixou um sorriso cínico se formar na face.
"Aqui, pensou ela levando as mãos a barriga torneada de cubos de músculos, eu vou carregar um herdeiro daquelas terras, aí eu quero ver você me dizer que aquele lugar não é também meu, seu velho metido a sabido!
Saiu do banheiro e cruzou o quarto em direção à janela que exibe toda a panorâmica por detrás do prédio que reside e viu o carro de Jonathan deixando o lugar saindo pela garagem do edifício.
Deixou um sorriso maquiavélico se formar em seu rosto antes de voltar para o banho.
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