Capítulo 30. O amante sempre amigo.

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Passa das cinco horas da manhã e o sol se prepara para vencer a eterna batalha contra a noite. Suzy abre os olhos e nada vê. Sendo essa a terceira vez que passa pelo processo da volta à consciência, ela já tem a noção que deve deixar o tempo passar para se reestabelecer inteiramente. As dores nos ossos começaram a surgirem assim como seus sentidos voltam a se fazer presente.
O som das águas a sua volta já lhe deram a noção de onde ela esteja, porém, desta vez, seus ouvidos detectam um motor a trabalhar e está cada vez mais próximo.

Um barco com duas pessoas trafega pelo rio Ness em direção do grandioso lago Ness a poucos quilômetros dalí.
Os dois homens avistaram alguém se lavando a beira do rio. Direcionaram o barco para às margens, pegaram uma lanterna e direcionaram o foco para àquela pessoa suspeita.
Uma jovem completamente nua tapa suas partes íntimas com as mãos e braços quando o foco de luz lhe deixou mais exposta.

- Olá! - gritou um dos homens.

- Parece ser uma mulher! - Arriscou.

- Pegue o cobertor aí no caixote. - ordenou ao seu companheiro mais jovem.

Desligaram o motor quando a embarcação tocou no fundo próximo às margens .
Saíram e cautelosamente foram até a jovem desnuda.

- Olá, está tudo bem? - disse o homem mais velho aproximando-se.

Suzy olhou para eles ainda tentando esconder suas partes íntimas.

A temperatura está quente, no entanto, os homens vêem a jovem a tremer como se estivesse no inverno.

O homem mais velho pediu o cobertor ao rapaz, foi até Suzy e a cobriu.

- Obrigado - disse ela com a voz tremula.

- O que houve? Você foi violentada?

Suzy balançou a cabeça negativamente, "nada".

Ela tem o semblante deprimido, fraco e dramaticamente frágil.

- Você tem um celular? - perguntou ela.

O homem imediatamente meteu a mão no bolso e mostrou-lhe o aparelho.

Ela pegou, digitou uns números e o pressionou na orelha.

Não demorou e a voz de Harry agradou-lhe os ouvidos com clássica palavra que se atender um telefonema.

Ela ficou em silêncio pela trava que sua garganta teima em bloquear sua voz.

- Suzy - disse ele em voz baixíssima -, pelo amor de Deus, é você?

Suzy tenta segurar o choro pela emoção de ouvir a voz daquele que sempre é por ela em todas às horas. Não se contém e o drama lhe invade fortemente.

- Estou na clareira da mamãe no rio Ness - revelou-lhe em golpes de choro.

- Não saia daí! Estou indo te buscar.

Harry desligou, saiu o mais ponderado possível do quarto, foi até a bolsa de sua mãe, pegou à chave do carro dela e saiu.

- O que houve com você, menina? - persistiu o senhor.

Suzy lhe devolveu o celular e agradeceu. Ficou calada, porém, os olhos questionadores daquelas duas pessoas em cima de si lhe incomoda muito.

- Eu vou ficar bem. Uma pessoa virá me buscar. Mais uma vez, obrigado pelo telefone.

Ela caminhou se distanciando deles.

- Quer que esperemos?

- Não, não precisa. - disse ela já próxima de adentrar na floresta que cerca a clareira. - Vocês já ajudaram muito com o telefone!

Ciclo do Lobisomem. 《Concluído》Onde histórias criam vida. Descubra agora